Rio 6 janeiro madrugada.
Repito o quadro, ansiosa e não consigo dormir. Muito para fazer, cobranças comigo, brigas em família. Quadril doendo, corpo coçando. Vontade de jogar tudo pela janela.
Não sei o que se passa. Queria estar super bem, mas não estou. Me sinto mal,me sinto gorda. Me sinto presa e tenho vontade de não estar.
Meu pai está bem, em tratamento, minha mae também. A todos acomete o.medo de perde-los.
Mas qual é a minha loucura, porque reverbera no corpo todas as sensações. As juntas doem, os olhos doem, tudo coça. Sinto sono, a tarja preta tá no quarto dos pais, tá na minha casa. Tenho sensações precipitadas.
Não sei o que tenho, não sei definir,me incomoda tudo isso. Como se todos estivessem esperando o que não sei o que é. Que eu faça, que eu cumpra um.papel que eu não sei se quero cumprir.
Preciso voltar a terapia, preciso cuidar de mim, preciso me tomar por mim.mesma e seguir. Cada um com seus espaços e constituições.
Tudo isso me faz sentir falta do colo que não tive. Parece que vou explodir, Talvez eu precise mesmo disso.
Tem um mês que voltei, e vejo que talvez não tivesse aguentado estar desde sempre.
Faz sentir falta de algo,ou de alguém que não sei quem é e que talvez eu nomeie errado. Que sina essa minha. Meu melhor amigo me atende, me socorre, me ajuda, mas não sei. O que o faz se aproximar tanto, um desejo incontido que não encontra em outro corpo um refúgio. Mas para mim não. Me soa como a pŕessão que não é o que quero ter.
Preciso voltar a terapia, isso é certo. Meu corpo não aguenta o estrago de minha mente confusa, minha cabeca ferve, minhas carnes doem.
Querida amiga, gosto muito da sua escrita, lembrei de Ana Cristina Cesar, Clarice, esse transbordamento de emoções, essa dificuldade de estar nesse mundo, o desconforto da existência. Não tenho este talento mas me vejo ai neste desconforto em estar no mundo. Também estou num limbo no momento. quem sou e pra onde vou, o que fazer? Sei não. Elis, Continue jorrando suas emoções assim sem medo e sem censura.
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