domingo, 5 de janeiro de 2020

Mente confusa, corpo dolorido, sensação de vai querer estar e peso, muito peso.

Rio 6 janeiro madrugada.
Repito o quadro, ansiosa e não consigo dormir. Muito para fazer, cobranças comigo, brigas em família. Quadril doendo, corpo coçando. Vontade de jogar tudo pela janela.
Não sei o que se passa. Queria estar super bem, mas não estou. Me sinto mal,me sinto gorda. Me sinto presa e tenho vontade de não estar.
Meu pai está bem, em tratamento, minha mae também. A todos acomete o.medo de perde-los.
Mas qual é a minha loucura, porque reverbera no corpo todas as sensações. As juntas doem, os olhos doem, tudo coça. Sinto sono, a tarja preta tá no quarto dos pais, tá na minha casa. Tenho sensações precipitadas.
Não sei o que tenho, não sei definir,me incomoda tudo isso. Como se todos estivessem esperando o que não sei o que é. Que eu faça, que eu cumpra um.papel que eu não sei se quero cumprir.
Preciso voltar a terapia, preciso cuidar de mim, preciso me tomar por mim.mesma e seguir. Cada um com seus espaços e constituições.
Tudo isso me faz sentir falta do colo que não tive. Parece que vou explodir, Talvez eu precise mesmo disso.
Tem um mês que voltei, e vejo que talvez não tivesse aguentado estar desde sempre.
Faz sentir falta de algo,ou de alguém que não sei quem é e que talvez eu nomeie errado. Que sina essa minha. Meu melhor amigo me atende, me socorre, me ajuda, mas não sei. O que o faz se aproximar tanto, um desejo incontido que não encontra em outro corpo um refúgio. Mas para mim não. Me soa como a pŕessão que não é o que quero ter.
Preciso voltar a terapia, isso é certo. Meu corpo não aguenta o estrago de minha mente confusa, minha cabeca ferve, minhas carnes doem.

Um comentário:

  1. Querida amiga, gosto muito da sua escrita, lembrei de Ana Cristina Cesar, Clarice, esse transbordamento de emoções, essa dificuldade de estar nesse mundo, o desconforto da existência. Não tenho este talento mas me vejo ai neste desconforto em estar no mundo. Também estou num limbo no momento. quem sou e pra onde vou, o que fazer? Sei não. Elis, Continue jorrando suas emoções assim sem medo e sem censura.

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