quinta-feira, 7 de setembro de 2023

capítulo 4

Feriado, enquanto muitos encaram a rua, a tropa, o desfile, se permitiu estar em casa.  Que gigantesco prazer de estar no seu espaço. Limpando, arrumando,cozinhando para si.  Um vinho para pensar na vida.  Quantas realizações. A vida de fato é simples. Trabalho, ganhos, perdas,amores, e tudo que tiramos disso tudo.  A vida gosta de quem dela gosta. Culturas diversas, pequenos pedaços de tudo compõem a  casa.
Colocou o sapato do Marrocos,  para pensar que cada momento foi  bom. Lá, aqui, acolá. Cada coisinha em casa lembra um lugar, um  caso, uma pessoa.  Tudo junto e misturado ,eu.  No ar, uma música de vida. Elogio a ela.
Tem horas que precisamos sublimar o externo para que nosso bem estar transcenda a nós e atinja o mundo.
 Pensou que tudo sempre foi assim. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

cap3

Depois daquela noite, parece até título de filme, mas a vida seguiu  sem  qualquer outra referência ao acontecido. Tentando  entender como um pequeno acontecimento  quase banal  para pessoas analisadas poderia se tornar uma quase masturbação  mental com significados obscuros, claros, escuros,estranhos.  Ou seja, completamente adjetivado por quem quer que soubesse.  Especialmente os envolvidos.  Me  atormentou o que eu  não conseguia ver, se é que alho tinha para ser visto.  Ou se eram apenas devaneios  de uma noite de inverno.  De horas de uma noite.   A questão pairava nas mentes .  O que motivou o embrulho.  Que vontade sem controle,  pois não conseguiu ser domada pela consciência.   E uma vez questionada, chegou-se a conclusão de que não valeria à pena não seder.  
Afinal, a liberdade plena está em poder fazer o que se tem vontade sem atinar para as censuras. Matutei,  censura os pensamentos vindouros e deixei-me  levar pela inconsequente reviravolta de  pensamentos.  Calei-me, sem falar para ninguém o que ocorrera. Guardei comigo a censura que me fiz, o que me foi suficiente para não ficar em paz.  Tudo  começou quando o tal do super ego, destrambellhou a  lançar faíscas de memórias.  Eu não queria  exatamente eram as faíscas.  Simplesmente porque para quem pensa muito isso suscita revisões intermitentes.   No entanto, o que tem para revisar,  nada. 
Pelo outro lado, daria tudo para  estar  lá. O pouco que conheço do sujeito,  podia ter ficado bolado.  Mas como  eu, manteve o silêncio sobre o fato.  Nada falou.  Sumiu por um tempo.  A saber depois  que o mesmo estava de caso com alguém, julguei que tudo poderia ter sido uma ilusão de otica.
Não beijou,  não falou, não fedeu.  Mas será?
Triste mente daquele que se nega.  Ou o alguém dele era ficcional,  ou ele de fato estava delirando.  Tinha a ilusão de ter alguém, precisava dizer que tinha,para se sentir protegido.