terça-feira, 14 de setembro de 2021

Tudo estranho!

Com que displicência, se achando o bonzão o cara pede para ficar na sua casa. Te deve, não tem noção, te sacaneou e tem a maior cara de pau da parada. Sem dúvida é por achar que você é a boazinha do pedaço, a que perdoa tudo, esquece tudo e passa pano para ele fazer tudo que quiser. Trabalho, ajudo, gasto o meu para ele receber o dele e ele nem aí. Nem se lembra que te deve e muito. Mas vir passear e curtir na minha casa. Nem caso de necessidade é. Quanto vai gastar? Pergunto. Poderia pelo menos me pagar pela gentileza de ter feito o serviço e emprestado o dinheiro. Vem para o Rio, fica com a namorada e me pede abrigo. Só entendo que é mesmo muito sem noção, ou achar que a boazinha aceita tudo. Na vera, eu devia dizer logo não, de cara. Mas o que sinto, me pergunto? Tenho pena, tenho o que ? Fico incomodada. O cara te ignorou solenemente durante um tempão, você passando perrengue para consertar a merda que ele fez. Ele se casando, curtindo a vida a doidado, sem se tratar e você gastando e ele nem aí. Não sei, o que é isso. Raiva? o que? Algo que não sei explicar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Estranha vontade

Muito  tempo que não paro para escrever as sensações de existir. Não é pq não existam, deve ser por qualquer outra coisa que não sei dizer.
Sem trabalho, sem  homem para chamar de meu, como diz a música,  tudo parece  calmo.  Mas é uma alma boa,  meio displicente com tudo. Quero  tudo, mil.planos e coisas ao mesmo tempo que quero sombra e água fresca.
Sem turbilhões de emocões para tentar definir, sem corda  bamba da paixão e da dor, mas bem. A  maturidade é boa e ruim.  Boa,  pois  a visão fica um pouco menos traumática, tudo passa,  com convicção, não é só discurso.  Ruim porque em outros aspectos a velhice é uma merda.  E a pouco dobrei o meio do século.
Já  fui balsaca,   agora nem sei o que sou.  Mudou muito, talvez se o escritor estivesse vivo as mulheres  como eu é que ganhariam o tal adjetivo. Como ele já morreu  ficamos assim mesmo sem um adjetivo de ponta.  Ouvi dizer de um tal outro por aí.  Creio que um termo em inglês ( grunge, cringe,  milenial)  alguma porcaria  retirada sei lá de onde. Sem um fundamento ou uma  constituição  forte de um personagem.
É  desse jeito, você vai se acostumando,  ficamos sem saco para certas coisas, de certos tratos.  Não é algo específico. É tudo.  Tipo:  hoje tô sem tesão,  hoje não suporto ver TV,   amanhã não quero, hoje quero. Tudo estranho.
 Agora te digo,  ficamos mais observadores, talvez porque nos preocupamos menos com quem nos observa.   Ligamos  o foda-se,  vai se catar.  Não estou desse jeito ainda, mas certamente ficarei. Todas ficam, todxs ficam.
Esta bosta  de pandemia parece que acelerou alguns processos e a bosta do Bosta piorou muito a nossa qualidade  de vida. De maneira tão absurda que aqui no meu espaço sou obrigada a falar disso.  Mas já vou parar.  Mas eu juro que não entendo  certas pessoas ...
Fazer o que?  é o preço que pago por  tentar aceitar as pessoas cono de verdade são. Mas é muita gente sem noção, que não procuram entender apenas reverberam as mentiras.
Chega, se não vc vai cansar de mim.
 Uma coisa desse momento são os tais influenciadores.  Mas que isso?   Monte de gente que  pesquisa nada ecescuta aquilo e sai repetindo.   Em vez de pesquisar e tirar  conclusões, estudar , não.  E esse pessoal tá ganhando  dinheiro. Fazem cabeça de jovem e de  velhos.  
Antes que eu seja enquadrada_ eu gosto da palavra velho,  não vejo pejorativo nisso,  nem sou dada ao eufemismo.
O fato é que  eu queria ir para rua,  sem máscara, beber uma coisa, sem preocupação. Mas não sei qdo vai dar.

Agira


 
C