terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Ferdinando etc e tal

Não sei ,ou sei porque fiquei com uma imensa sensação de  fazer parte do grupo de animais que mesmo sem precisar se alimenta de outros.
São várias as mensagens das animações atuais, nesse filme a crueldade e também arte das touradas,  a tolerância que devemos desenvolver cada vez mais  e uma certa mensagem de que se você não serve para o que o sistema quer, você deve ser eliminado.  Vira comida, vai para o abatedouro. 
Sabemos que isso de certa forma é o que acontece se somos diferentes,se não fazemos o que a ordem do discurso manda . Foulcaut nos lembra que esse tipo de comportamento sempre existiu e que para ser diferente nos diz o filme  devemos ser ainda mais fortes e acima de tudo saber o que somos e o que queremos , pois assim conseguimos mudar o curso de uma absurda pressão externa.
Não é fácil,  diríamos,  ser fora do grupo e permanecer nele. Exige uma vontade e determinação atroz , pois nos sentimos excluídos,  desenraizados,  desterritorializados. Sentimentos de não pertencimento. Sei que adolescente  tem essas neuras mas no mundo em que vivemos parece que isso está ultrapassando o campo dos hormônios aflorados.
Daí Estado Islâmico,  movimentos de segregação, fundamentalistas de toda sorte.
Então é  assim que acontece, você começa com uma coisa e vem uma enxurrada de pensamentos e conexões que fazem ir e voltar, e tudo para você não ter que responder para si mesmo o que deve fazer, que seria ficar quieto quando não sabe o que sente. E não sabe o que também adianta sentir.   O corpo se penaliza com a gastura,certa dor que não entendemos e ficamos obviamente inertes. Ah! o coração tem razões que a própria razão desconhece. Fazer o que?  Chorar ao ver o Ferdinando cheirando a florzinha vermelha.

Precisamos aprender a entender emoções.

Aqui é assim,  abre um sol de repente vem uma nuvem e passa apagando o sol e se vai, depois de novo o sol e de novo a nuvem cai pela serra e fica tudo branco.
Tiro foto e digo onde estou. Lidar com emoções é um pouco assim.  Vai e volta de sensações, não sabemos o que sentimos.  Eu não sei . Se é dor,medo,  gastura, nervoso.  Que é isso? Tento não dar bola. Faço tratamento de choque,exposição ao perigo, como um viciado em adrenalina.  Meio Senna e  Schumacher,  kkkk .
Só rindo de mim na minha comparação. Mas é isso.  Todavia eles sabiam medir o grau da loucura,  eu acho que não sei.
O estrago pode ser grande, mas pode também fortalecer. Muito doido.

domingo, 28 de janeiro de 2018

E de repente ... 2 filmes






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O filme antigo" Eu sei que vou te amar" do Jabour tem uma cena que  os personagens discutem sobre o amor, ops,  o filme é todo isso.  Mas nessa cena eles falam do dia em que de repente um deixa de amar. Acorda de manhã e pensa :pô não amo mais fulano,ciclano, beltrano, como se fosse assim possível na vida real.
Pode até ser que seja para algumas pessoas.  Mas na maioria das vezes é um processo.
Mas o que é importante  nesse caso é entender o processo,como eu vou me movimentando diante da pessoa que julgo amar . E me pergunto o que é o amor que leva a querer somar as vidas?  Ou dividir o pão, talvez mais apropriado ?  Ou não?  Se cada um tem o seu, o mais correto seria somar.
Cada vivência quando se juntam somam e se complementam. Aprende-se junto, da-se força ao outro e eles viram cúmplices. 
A cumplicidade, na minha opinião, é a maior representante de uma relação.
Ser cúmplice na relação é sentir que se tem afinidades com o outro e mais que isso é compartilhar coisas,  ideais e conceitos.  Não digo com isso que ser cúmplice seria pensar tudo igual.  Não é isso.  É além disso, é apesar das diferenças que todos temos.
Hoje  senti saudades dessa cumplicidade.  Sinto agora e penso em como  nos fazemos  agir por contingências espaço temporais. Como somos filhos e produtos dessas mesmas contingências.
Não sei se acredito que tudo foi possível de acabar como num sopro de vela.  Todavia preciso aprender a pensar assim.  Sentir saudade faz parte do processo.  Na verdade, é mesmo a saudade um sentimento muito cultivado por mim especialmente. Hoje tenho mais noção disso que ontem. Muitas vezes o  grau de  expectativa era tão grande que  quando a coisa de fato não acontecia eu morria de saudade do que esperei e que não houve. Fala sério, não tem cabimento e é o que nos faz sofrer. A falta de presentificação e a expectativa. São as causas de frustrações.
Mas viver é aprender, mais uma vez  vamos vendo com  mais nitidez o que faz essa frustração. 
Sem remoer vamos nos desligando dela e vai rápido, pois a consciência é mais clara com a idade.
Nada mais é impossível e tão trágico que não passe com o tempo. Tudo passa e melhor que seja com mais consciência.
No filme Agnes Varda,88, "Visage villages",  vemos ali a lúcida velhinha  em seu projeto de criação. Junto com  o fotografo JR, ela que também foi fotógrafa constrói uma narrativa  fílmica livre, poética, registro sim, mas devidamente costurado no final para não ser chato.
O acaso talvez seja a grande pegada, pois chegavam nos lugares para ali descobrir quem seria fotografado e  reproduzido e colado no lugar escolhido na hora. 
Pequenos vilarejos na França, na Normandia.  Lugares escolhidos para intervenções com pessoas e fotos. Muito bonito e sutil, a arte impermanente, que se vai com a chuva, com o tempo. Não fica musealizada, ou fica se dela tiramos uma foto e levarmos para o museu. Foto da arte, foto registro.
A sociedade do registro do olhar, da visibilidade e sua exposição. Fotografamos mais que vemos. Isso é fato,já devem estar explicando porque precisamos tanto de selfs .  Não sei por que, mas a questão é que entramos no mecanismo alguma hora.  
Fico pensando se nossas memórias guardarão tudo de toda foto que fazemos. Tá na cara que não.
Vou escrever sobre a memória,  as cidades e tudo que nos envolve. 


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sábado, 20 de janeiro de 2018

Tudo gelado

Não,  não estou na Sibéria, é Rio de Janeiro mesmo e verão.  No entanto surpreendo-me com  certa capacidade das pessoas em buscarem a frieza  como forma de fuga e de se esquivarem de certos sentimentos.
O que pensam de verdade eu gostaria de saber.  Sei que sou teórica demais e preciso,  diferente dos outros, de elaborar teoricamente qualquer sensação ou sentimento.  Talvez por isso a minha vontade de saber para entender e justificar e ir. Não sei onde vou, mas vou por aí a espera do tempo que eu não sei qual é. 

Antigos espaços

Ilha Grande,  aqui eu sempre volto para recobrar as forças, durante toda vida foi assim.  Sozinha ou acompanhada , na maioria das vezes sozinha, para pensar, decidir,olhar o paraíso que sempre me pareceu com sua natureza e histórias . Todavia, ter visto vivenciar aqui muitas frustrações, ter visto aqui como lugar de penitência e culpa e alienação do outro me fez ver   que não era somente o meu paraíso que aqui existia.
Existe sim um lado sinistro que não chegava aos meus olhos cor de rosa e por isso me surpreendi.
Mas entendo que tudo faz parte da vibe de quem vem.
Quem vem para purgar encontra realmente espaço para isso. Quem vem para outra coisa também.
Senti-me dessa vez com medo das lembranças,  medo de encontrar indesejáveis pessoas que tanto mal fizeram.
Alguns vi de longe e vi que eles ficaram  na mesma, eternamente  na mesma penitência talvez como Sísifos.
Torço enormemente pela consciência de alguns e que encontrem seus bons caminhos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O ponto da explosão

Como aguentar tamanha loucura.  Nem sei se  é mesmo isso o que seria o que sinto.   Até agora não consegui fazer funcionar.  Eu sabia que não seria fácil.  Já tinha passado por isso antes  e me parece agora a terceira vez.  Ano passado não foi muito diferente.  Me pergunto que  coisa é essa.  Que nó é esse que não desfaz. Que algo aconteça.  Pelo menos não tem  alguém dependendo disso  para viver, caso contrário  já tinha pirado .

sábado, 13 de janeiro de 2018

Os espaços dentro dos espaços

Espaços e lembranças, creio que ainda muito me confrontarei com isso.
Seriam digamos as cicatrizes da memória.  A cada dia  que acontecimentos retornam em forna de eventos de coisas semelhantes vividas por mim ou por próximos, nos  deparamos com esse flashes , esses relâmpagos reluzentes que trazem boas e más lembranças.
A memória é seletiva, lembramos o bom na maioria das vezes no caso de  rompimentos amorosos. Não creio ser de praxe lembrar o lado  ruim. Que eles existiram é fato,  mas justamente para não fazer sofrer nossa mente os apaga e coloca bem fundo no caixão da memória.  Se gostamos, isso ainda é mais recorrente.
Tendemos a apagar as dores e ficar com o lado positivo.
SHOPENHAUER filósofo alemão diz que não é o prazer, mas a crise que faz crescer,  que nos dá consciência de nós ,  das coisas  que vivemos e vemos,  o mundo como vontade e representação.
Acho que nossa vontade é justamente dirigida pela representação que fazemos do mundo para nós mesmos.  As vezes essa representação está tão viciada,  distorcida e adoecida que saímos dando cabeçadas,falando coisas que depois voltam para nós.
Lá fora agora toca no beco livre- "todos os dias quando acordo  não tenho mais o tempo que passou ,mas tenho muito tempo".
Mas como muito tempo se já vai metade da vida, isso se tiver sorte.
Esse movimento é  aquele que talvez só tenhamos nesse  tempo, quando dobramos o cabo e temos dele ciência.
Olho os padrões e vejo como mudaram,  talvez por ser tão fora do padrão, eu apesar de pensar, não me sinta  tão dona desse tanto tempo.
Não tenho gana de recomeçar agora,  quero começar outras mas  estando dentro do meu parâmetro de acomodação.
Que mal tem em  estabelecer para si algo e cumprir mudando o que achar que deve.
Demorei-me a  decidir e fazer o que faço. Talvez por isso tenha me  saturado  menos.
Não trabalhei cedo. Demorei a conquistar algumas coisas que queria, independência,  casa,  liberdade de ser e isso não troco por nada.
Mas tenho bem claro que apesar dos percalços tudo veio em um bom tempo.  Foi sofrido algumas vezes pela demora e por não me dar conta, como agora, de minhas conquistas  pessoais e materiais.
Sim a vida é vivida na matéria e embora eu não deva exacerbar seu valor ele é fundamental para que eu viva bem.
Holisticamente tudo junto e misturado.
No beco: "por onde andei enquanto você me procurava"-ou por onde andei enquanto eu me procurava, talvez essa seja a frase melhor.
Mostra o indivíduo que esteve perdido de si mesmo e que de repente se acha, se é que alguém consegue plenamente se achar.
Eu por mim pode ser que tenha lapsos de auto encontros, mas sei que gatinho,mesmo com mais de 10 anos de análise.
Como as vezes nos vemos refletidos nos outros.
E que dó sentimos de nós e do outro, que vergonha.
Vergonha quando nos damos conta de nós, de nossos momentos de fraqueza e ilusão.
O que fazemos que não sabemos, que fazemos e depois quando sabemos.
 

No mesmo espaço

Quase dois meses que eu não vinha aqui nesse lugar. Sabia que as poucas lembranças do convívio aqui surgiriam, boas e ruins,  foi aqui a última vez que nos encontramos  fisicamente , que ouvi um certo veredito estranho,  aqui saiu da minha casa e não mais voltou.
Tenho todavia outra visão.  Posso estar enganada mas creio que ser surpreendido com a minha estagnação naquele fim de semana,  fez toda diferença no comportamento alheio.
Esperava-se que eu fosse,  que eu buscasse,  que ponderasse como sempre fiz depois de qualquer discussão,  porque sempre soube que tudo era fruto de um adoecimento, todavia desta vez eu estava exausta, muito exausta, meu limite estava quase no fim,   tudo que havíamos planejado tinha dado errado, ele estava adoecido,  tudo que eu falava era visto como cobrança, tudo que eu sugeria como ordem, qualquer palavra a mais ou a menos gerava uma discussão infrutífera,  que só nos desgastava . Então eu, ou vivia o inferno astral que ele estava, porque ainda se recusava a aceitar tudo que havia acontecido e que sentia  para poder e ir buscar ajuda de fato, médica , espiritual,  psicológica, ou Eu bancava a durona,não procurava, não ia a casa dele ponderar,  agia a maneira de mãe ursa, para que aquilo surtisse algum efeito.  E foi a segunda opção que fiz,mesmo meio inconsciente e inconsequente sem saber no que daria.
Questionei ele não vir, tive medo do abandono e de abandonar,  embora soubesse que se eu fosse lá,talvez conseguisse reverter como sempre acontecia nas brigas infrutíferas. 
Todavia eu sabia que sua mente estava ainda mais confusa.  O que haviam lhe dito?  o que o fez ter ainda mais resistência  e até raiva?
Como estávamos oscilavamos entre o não querer perder e o abandonar, pois que era essa a atitude dos dois perdidos no tsunami que nos arrebatou. 
Não sei que força e que alívio vivemos em uma semana.  Segurei a onda, me ocupei mais que pude. Evitei tudo, tempo ao tempo,   não sabia o que era tempo. Definitivo,parcial, ou o que?
Até hoje eu não sei,   procuro com dor agir como se definitivo fosse,  pois assim me parece que é a reação dele.
Percebi muita raiva dele embora dissesse que não.   Mas a gente diz o     que não sente nesses casos. Talvez eu me iluda pensando assim. Fogimos para não confrontar,   queremos e temos medo, não queremos e temos medo também.
Discussões e dor,choro convulsivo, reflexões mil. Busca interior mais que necessária. Minha e dele também,  certamente seremos melhores, para separados como estamos ou juntos.
Tudo que pergunto fala de fim,   mas consigo hoje ver que minha forma de aceitar é não aceitar, é ter esperança,  até que um dia ela se vai. Como na história em que o discípulo pergunta ao mestre, como meditar e o mestre responde: não pense em macacos , e o discípulo depois disso só conseguia pensar no macaco.
E é exatamente isso que ocorre. Se me impor esquece-lo é que ele ficará mais ativo e presente. Se me impor não esperar algo ainda, é aí que ficarei escrava da esperança.
Tudo tem seu tempo de permanência,  é o impermanente .
Sinto    falta e tenho medo de ligar e ser mal recebida,  ser distanciada,   estou do lado sem dizer que estou.
De mansinho fico aqui e me vou.
Mas a cama é vazia,  o pensamento sente falta da troca, do riso, da mão dada. Seria fácil se não fosse tão contaminado , mas viver é o risco que corremos.
Agir como ursa talvez tenha sido meu último recurso.  Acho que deu certo, pelo menos me parece, porque ele foi buscar a ajuda,  esta se vendo,  está, espero eu, se buscando, achando seu caminho.
Eu já dei deixas de que cá estou,  mas não sei se dois meses são suficientes para alguém acordar de um sono tão profundo, se curar de uma culpa tão recorrente,  perdoar e o perdoar-se.
Enquanto espero escrevo, pode ser só uma leitura ou mais uma leiturA. Mas só o tempo dirá. 

   

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Cada dia um dia diverso

A cada dia que acordamos as sensações são diversas. 
Se no dia anterior recebemos uma informação que nos surpreende pela quantidade de rancor que as pessoas guardam, no dia seguinte tudo soa como meio  campo do absurdo.   As pessoas vestem carapuças e  se magoam com a facilidade de quem realmente parece não conhecer a efemeridade da vida.
Fico triste, oxalá eu nunca julgue ,ou pior ,guarde em meu coração fantasmas de recalque que me façam perder amizades e pessoas.
A vida realmente é uma surpresa a cada dia.  Tem que tá livre de amarras para ver e sentir o movimento das ondas, dos seres,  da chuva caindo e inundando nosso espaço vital.
E principalmente livre de modelos para entender as amarras alheias que jogam para cima de nós.
Não que sejamos o correto , correto e errado vai depender do ponto de vista sempre , a não ser que seja na matéria de lei .
O que fazer? 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Eu comigo

Cada dia um dia,  até que todas as descobertas sejam feitas.
Se a bifurcação de caminhos foi para uma busca interior específica, a  de quem sugeriu, ela também para mim surtiu um efeito muito forte de mergulho em um universo que estava subestimado pela loucura de tudo que aconteceu.
Lendo o livro "Mulheres que correm com  lobos" descubro  como nada é por acaso, ou tudo é por acaso que vem cair na sua mão para  que você descubra,se descubra e veja que é hora de mudar,  amadurecer e saber o que quer.
Não sei se  o que se espera é o que se queria antes.  Também não sei se o que terei  será o que acho querer.
Sempre fui contraditória, sempre tive muita dúvida de tudo e certa ansiedade em definir logo as coisas vem dessa dificuldade em decidir. Desde muito tempo isso me ocorre,com os amores, com a profissão,  para onde ir e mais montes de coisas ,  que não sei o que fazer.
Ou seja,  ocorre a necessidade de rever isso com mais cuidado.
Da contradição,  me chamaram atenção e com toda razão.
Tipo assim,  querer a pessoa perto e me sentir invadida,  dizer que amo e de repente ter um acesso de  ódio,raiva ( as vezes te odeio  por quase um um segundo, depois te amo mais-diz o Paralamas), as vezes quando sou contraditada.
Por que isso? mulher de fases, somos todas.
Entender que toda mulher tem um duplo dentro de si, ajuda a aceitar e colocar para o outro que isso não é contra ele, é sim da natureza da mulher.
Outra coisa minha que vejo, a dificuldade de lidar com a transformação do amor. Essa é a mais complexa e envolve também uma característica que aparece no meu mapa astral. Ter uma
relação com a energia sensual muito forte e ligada ao amor.  Ou seja, uma confusão entre essas questões,  como se  o outro só pudesse mostrar amor se estivesse sexualmente ligado a mim.   Como se isso fosse a única coisa que provasse o amor.
Uma loucura para as outras pessoas e uma grande ilusão para mim, que ligava tudo num só botão,  como se fosse possível existir assim. Agora vejo que não é.

Mas todas as vezes que isso não se cumpria a relação acabava. E acabava mesmo, pois eu jamais ultrapassei o primeiro estágio para resgatar, reconstituir e voltar a viver. Talvez por isso seja para mim tão dolorido  rever-me nos mesmos erros do passado.
Minha personalidade de querer resolver até o que não é da minha alçada,  de querer ajudar quando não posso e quando o outro não quer.

Mas agora , bom ou ruim, tô tendo a consciência que nunca tive.
Não sei o que quero,   talvez quisesse a oportunidade de me fazer entender por tudo isso que conto. Talvez  o que queira seja só a vontade do outro me ouvir, mas e quando o outro não consegue ouvir, porque seus problemas são maiores e de ordem também complexa.
EMBOLOU TUDO. O eu o ele, meus complexos e os dele.
Como planetariamente a época é de transformação, me vejo enfim  revendo a mim e querendo de verdade ser melhor e transformar-me.
Não quero mais olhar da mesma maneira,  exigir da mesma maneira,  quero ultrapassar meus erros do passado e ser diferente frente a vida,quero a paz de espírito,a tranquilidade da liberdade e da consciência.
Ser  quem de fato sou, porque me conheço ,mas e buscarei cada vez mais.
Se isso resultar em  um encontro com outro na mesma vibe será  bom,se não,  é porque não era para ser.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

E vamos de primeiro dia.

Então você vai a praia,  pede para Iemanja levar tudo que passou e te dar um branco de mente e sentimento.  Aí vê os fogos e sonha e sonha com tudo que quer esquecer. Alguém já disse : se quer esquecer, esqueça de esquecer , caso contrário você só lembra.
E lembrar é ato ingrato com quem sofre de amor.
Não que tudo tenha sido mel o tempo todo, não foi, talvez mais fel que mel.
Mas fel meio inconsciente, por um lado e consciente por outro.
Na ânsia de  ajudar talvez tenha ultrapassado o metron, não o meu, mas o de quem não estava preparado para ser ajudado.
Embora quisesse ser ajudado, por um minuto, no seguinte ele não queria,pois não dar conta,  ter medo e não saber o que fazer ultrapassava seu metron, esse mesmo do mito.
Mas eu meio me culpo por não ter visto isso e ter ajudado a mexer no vespeiro.
Mas preciso me perdoar,  eu também cega estava, e baseie tudo em um suposto conhecimento que não tinha.  Como alguém te surge do nada e você  sem qualquer intuição ou qualquer coisa se entrega de bandeija com base em um conhecimento ultrapassafo de 25 anos atrás.
Fui precipitada, avaliei mal tudo. E ele também.  Não em relação ao negócio mas em relação a disponibilidade para ficar.
Como não enxergar as fugas de cara, como não olhar o passado. Eu simplesmente  fiz de novo a mesma coisa.  Não fui observadora. Se fosse nem teria chegado perto para não ser enfeitiçada.
Alice me disse,  tenho pena da Iemanja ,você vai dar muito trabalho.
Sinto-me como se tivesse 20 anos. Como pode tamanha imaturidade minha?
Choro, paro,volto a chorar.  Fico preocupada com ele. Não sei de nada e faço esforço para não saber nada dele. Mas me corrói.
O remédio é deixar morrer. Isso me diz minha razão, mas não sinto.
Sonho com tudo diferente,  mas sei que pode ser ilusão se ele não tiver mudado.
A dor é confusa demais.