Depois daquela noite, parece até título de filme, mas a vida seguiu sem qualquer outra referência ao acontecido. Tentando entender como um pequeno acontecimento quase banal para pessoas analisadas poderia se tornar uma quase masturbação mental com significados obscuros, claros, escuros,estranhos. Ou seja, completamente adjetivado por quem quer que soubesse. Especialmente os envolvidos. Me atormentou o que eu não conseguia ver, se é que alho tinha para ser visto. Ou se eram apenas devaneios de uma noite de inverno. De horas de uma noite. A questão pairava nas mentes . O que motivou o embrulho. Que vontade sem controle, pois não conseguiu ser domada pela consciência. E uma vez questionada, chegou-se a conclusão de que não valeria à pena não seder.
Afinal, a liberdade plena está em poder fazer o que se tem vontade sem atinar para as censuras. Matutei, censura os pensamentos vindouros e deixei-me levar pela inconsequente reviravolta de pensamentos. Calei-me, sem falar para ninguém o que ocorrera. Guardei comigo a censura que me fiz, o que me foi suficiente para não ficar em paz. Tudo começou quando o tal do super ego, destrambellhou a lançar faíscas de memórias. Eu não queria exatamente eram as faíscas. Simplesmente porque para quem pensa muito isso suscita revisões intermitentes. No entanto, o que tem para revisar, nada.
Pelo outro lado, daria tudo para estar lá. O pouco que conheço do sujeito, podia ter ficado bolado. Mas como eu, manteve o silêncio sobre o fato. Nada falou. Sumiu por um tempo. A saber depois que o mesmo estava de caso com alguém, julguei que tudo poderia ter sido uma ilusão de otica.
Não beijou, não falou, não fedeu. Mas será?
Triste mente daquele que se nega. Ou o alguém dele era ficcional, ou ele de fato estava delirando. Tinha a ilusão de ter alguém, precisava dizer que tinha,para se sentir protegido.