segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A terceira fase - que venha a paz, o amor e a plenitude.

Todos dizem que a terceira fase é  a melhor que vivemos.
Talvez seja a mais consciente de nossas escolhas e limitações. Para alguns ultrapassados os momentos de ter filhos, cria-los e as confusões da juventude, essa agora seria a mais interessante.
Corporalmente já vi que  é punk,  um horror e a magia talvez esteja em aceitar o que está por vir. Se nunca me estressei com essa história de ditadura de beleza e corpo, não será agora que o farei.  Controlando para ter saúde vamos para a fase do condor. Que já não me é tão diferente, pois sempre jogo no corpo as tensões diversas.
Mentalmente o bicho pega, momento de releituras e ressignificações .
O que fiz e por que fiz?  Muita coisa se explica para nós agora. Muitos medos que começam a ser descobertos e  muita burrada que passa a ser reconhecida, as que fiz e as que deixei de fazer.
Reconhecer o que travou e o porque que foi.
Diferente de muitos , não fiz muita   coisa errada. Vivi como queria e talvez com um pouco mais de adrenalina no sangue. Não que fosse dada a grandes aventuras. Não acho que fui. Mas o fato de sair sozinha pelo mundo algumas vezes me fez talvez ter essa diferença de olhar para algumas coisas. Olhar diferente não é o mesmo que olhar bem ou mal. É apenas diferente.
Não ter  um  parceiro em definitivo durante os últimos 20 anos talvez tenha marcado certas questões, não ter filhos também.
Parceiros diversos de 5 em 5.  As vezes nem isso. Mas talvez esteja na hora de também mudar esse paradigma.
Deixar de ter medo e ver que pode ser mesmo bom.
Não tê-lo na última fase   ou tê-lo de forma esporádica fez agora repensar isso.
A liberdade que eu sempre quis e tive, sempre me levou por um caminho que agora estou relendo.
E filhos idem. Não tive foi tempo de te-los . Os  teria se tivesse tido um parceiro  a tempo para isso, mas a escolha profissional e a tal liberdade que gosto não colaboraram. Não sinto falta. Muitas amigas  fizeram o mesmo e não me senti pressionada.
Estar comigo é bom. Me dedicar ao que gosto de fazer também é bom.
Na última fase passada tive uma experiência mais complexa, que só foi possível ver por comparação.
Olhando as determinações alheias e as indeterminações  também vi que o meu não saber  foi fundamental para o que deixei de conseguir.
Toda vez que me determinava de fato ia. Se confiava acontecia, se não, melava.
Ainda estou no começo. Daqui a uma semana mudam os astros e o que for vendo vou relatando.  Afinal viver é isso, saber que se vive e se deixar estar na tempestade, as vezes com e as vezes sem o guarda chuva.

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