domingo, 29 de setembro de 2024

Nonosense

Quis imitar sem qualquer  juízo ou qualidade as palavras  inventadas de Guimarães, O Rosa.
Não me pergunte porque. Talvez porque esteja  meio bodada  nesse fim de domingo fim de setembro quando  as vezes tudo parece meio sem sentido.
Viajei 100km  para uma reunião que  nada resultou.  Pelo menos comprei um bebedouro para meus visitantes  verdes que chegam a minha janela sem que eu convide.
No mais, nem fantasma eu vi na cidade de serra que costuma abriga-lo.
Não me frustrei,  vi muito scobydoo  quando criança caça fantasma também.  No primeiro era sempre alguém de verdade, humano que queria assustar alguém para ter lucro.   E toda história girava em torno disso.
Comecei a escrever pois que sem  saco de ver TV,   e não quero muito pensar no me causa bode.  Enviei meu livro para seres distintos e cada um no seu quadrado diz que vai ver.
De novo esbarro com a indisponibilidade do mundo pós moderno. Por que?  Sem tempo para o sublime, para  arte, quem se disponibiliza se não visa o próprio interesse imediato? E precisa ser imediato,caso contrário também fenece.
Sentimento para fenecer. Existe isso? Quem guarda  sentimentos se o  final é isso.
Eu posso dizer que sim. Mas não porque assim decidi  mas porque quem ouvirá minhas lágrimas sentimentais românticas. Nem eu, nem ninguém pelo jeito. Muito menos o ser que dela foi alvo.
Poderia eu voltar a toda minha auto bio,  questionando porque , fundamentalmente porque tudo isso  ainda persiste. Todo sentir estranho, saudade,coisa esquisita indefinível.
Posso estar sentindo revertério de remédio. É dece ser isso , nada  mais. Preciso mudar o foco.





sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Magrela a samambaia

 

Num potinho verde que continha  uma muda de alguma planta importante  nasceu Magrela. Sua  semente  veio na terra que fora  apanhada numa  região de mata. Ela  veio escondida,  viajou muitos quilômetros até  chegar ao Rio de Janeiro. Santa Teresa  era o lugar em  que ficaria.

Magrela ao chegar semente não sabia que  um dia viraria samambaia.   No  entanto a   dona da casa ao trazer a mudinha  que já era grande no vaso, colocou o mesmo num lugar muito propício a germinação e  por isso,  um belo  dia  a semente de  Magrela sentiu a água e  depois o calor e  toda a sua estrutura começou a se mover. O casco  se abriu  e  subiu ali um raminho. O raminho  foi empurrando a terra de cima e de repente Magrela conseguiu ver a luz.

Era então um bebê samambaia, estava esvoaçante naquele potinho verde com a  amiga que  era  dona do espaço.   Mas a amizade durou pouco,  o potinho era pequeno mesmo e  a  raiz de uma começou a atrapalhar  a outra. Elas  se espremiam no espaço, brigavam pela água despejada nem sempre  com frequência. Mas  não tinham o  que fazer. Magrela  tentou colocar suas hastes para fora do pote numa tentativa de ganhar o ar como toda samambaia  faz e de  certa  forma  conseguiu com isso chamar atenção da  dona da casa.

Um dia,  a  dona da casa  ao se arrumar para  mexer com as amigas dos  outros vasos reparou em  Magrela.  Olhando aquela esquelética se debruçando sobre o vaso decidiu dar-lhe a independência.  Foi aí que Magrela  ganhou casa  nova. Foi dado a  ela  um vaso para chamar de  seu. Um vaso todinho com terra e espaço. A despedida foi dolorosa, Magrela tinha nascido ali e  embora  disputassem  espaço ela  se sentia acolhida  no   vasinho  verde. Mas a  vida era assim. Tudo tinha seu  tempo e  era  hora de  Magrela  sair e crescer, se mostrar  para o mundo das  plantas . Estava  conformada  mesmo sem saber seu futuro próximo.

A dona da casa trocou o pote,  mas não só, levou Magrela para outro espaço da casa. Dentro do  banheiro, lugar claro e úmido.  Tudo o que uma samambaia gosta. Magela  cresceu, cresceu, suas hastes bateram no chão. Além das hastes com folhas outras nasciam, era uma metamorfose no campo das hastes.   Magrela  ficava feliz quando alguém  tomava banho e o  vapor da água ia bater nas suas folhinhas. Ela   se balançava  toda de alegria e se mostrava para todos.

Quanto mais crescia, mas  a dona da casa  gostava. Recebia água, as vezes  suco de  legumes e muito carinho pois a dona da  casa falava com ela e as  outras plantas todo dia. Ficou ali muito tempo, escondida no banheiro iluminado. Até  que a  Dona de  novo resolveu muda-la de  lugar. Agora deu-lhe um vaso redondo, grande e de pendurar. Trocou de casa de  novo  e também  fez-lhe uma poda, tirou as hastes velhas, cortou os cabelos sem folha e a colocou na  sala da televisão.  Magrela estranhou um pouco mas percebeu que ali além de ser vista por todos também  podia compartilhar da  televisão. Ou seja, Magrela  ficou  viciada em olhar para fora da janela e  ver televisão. Era  a primeira  Samambaia que  via televisão. E ali continuou  a sua  vida.  E  até  história escrita já  ganhou.

sábado, 14 de setembro de 2024

Tudo para mim. Postagens para ninguém!

 Não,  não estou dizendo com isso que eu não sou ninguém.

Só que  a grande maioria  dos que escrevem o fazem para si mesmo pois  que  a  ninguém interessa o que pensamos, o que escrevemos.

      NINGUÉM, Ulisses  já sabia em que  isso consistia.