Pergunto -me como uma bancada daquelas que ocupa um lugar importante na TV tem coragem de perguntar coisas que nada tem a ver com nosso momento e se fingindo de inteligentes.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Lute como uma garota
Pergunto -me como uma bancada daquelas que ocupa um lugar importante na TV tem coragem de perguntar coisas que nada tem a ver com nosso momento e se fingindo de inteligentes.
sábado, 23 de junho de 2018
Apego ou Transformação
Tempos sem contato, busca de viver a vida e uma ação te tira do prumo e faz questionar tudo de novo.
O simples fato de se retirar uma imagem do lugar te leva pelo campo do absurdo, dos sentimentos camuflados, da dor da ausência, da retirada.
Você já fez isso por raiva, muito antes , mas não admite que o outro faça? O que te motivou a fazer tão antes, o mesmo que o outro faz agora? Talvez o outro tenha sido exigido por alguém, talvez ele mesmo queria se fazer presente, porque sabe que você está atenta a ele e como estava quieta melhor fazer um movimento violento e eficaz.
Ou talvez seja nada disso. Simplesmente tirou a imagem de vc ou vcs, porque para ele não dizem mais nada.
Ou seja,nos amores líquidos da pós modernidade arrumamos mais uma tralha para sofrer, para não conseguir ultrapassar o que se deve.
Tudo indica que vc está apegada, que vc reluta em deixar ir, que vc não aceita que essa história precisa ser esquecida, abandonada para seu próprio bem . Mas vc reluta, a própria pessoa alvo do seu apego já disse isso. Ela mesma quer te ver longe, pois não acha que tem algo mais a ser vivido contigo. Mas vc não, tá livre e parece que tá presa, reclusa num processo de auto sabotamento.
Se sabota em tudo, não se move na direção que deveria em busca de outro alguém que possa te contentar. Fica na punhetação do que poderia ter sido, da gravidez que foi interrompida, do futuro mais uma vez abortado.
Que história é essa que não pode ter um final feliz? Que carma é esse que nos prende?
Estaria disposta a rever ? Eu estaria, com mais maturidade e de outra forma. Mas e o outro?
O outro eu não sei. Talvez ainda magoado com si mesmo, comigo talvez, o outro ainda com medo do mundo, o outro ainda sem ultrapassar as adversidades da vida, ainda dependente, e ainda revoltado com o que se deixou acontecer. Ou seja, parado no tempo como um bebê que depende da mãe .
Dessa forma que de longe se vê talvez ele não tenha mesmo condição de te ver, nem em imagem.
Pára, pensa e desapega , pára de chorar e segue seu caminho ,pois que desse jeito o outro certamente não te quererá por perto.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
Um lero com Santo Antônio
Saí de casa determinada depois de ter sido acordada as 5 da manhã com a Alvorada do Santo do Dia. Ninguém mais que o Santo Antônio. Esse mesmo que faz milagres, que intercede por nós com o Menino Jesus no colo. Não entendo muito bem essa criança no colo e o porque dela . Afinal Antônio era discípulo de Francisco nasceu em Lisboa e morreu na Itália sendo enterrado em Pádova . E Jesus nasceu antes e não foi a Europa. Ou tô falando alguma besteira? Eu fui lá rezei no seu túmulo, na sua igreja e trouxe coisinhas para várias pessoas , Antonios ou não.
Minha história com o Santo é interessante, pois me recordo de ter pedido em outra ocasião que levasse logo de uma vez , se era para o bem.
Ele atendeu, era em Roma e como eu pedia sempre , ele achou por bem me contentar. Em todas as igrejas eu pedia. Aliás se tem alguém que entra em igreja em viagem sou eu. Sempre os 3 pedidos de sempre, os mesmos e sempre são atendidos.
Mas hoje meu lero foi diverso. Subi a escadaria me desfazendo em suor, entrei na igreja quase passando mal. Era um caldeirão quente lotado de gente. Emocionante ver as pessoas agradecendo e pedindo. Logo na escada uma moça sorridente distribuía seu milheiro, não peguei de pronto mas na volta peguei mais de um. E perguntei se ela tinha alcançado a graça, sorridente me disse que sim.
Eu já tinha saído da igreja, sentei-me na mureta e li a oração. Agradecer já tinha feito dentro da igreja lotada. Ali conversei - falei com o Santo, que desse jeito que tá sendo fica difícil ,o senhor traz e leva ,traz e leva. Vem Antônio, Vai Antônio, vem de novo e leva de novo . Não tem coração que aguente, já não sou mais menina . O senhor me vê um jeito de resolver esse pepino. Me leva esse objeto de um bom jeito pelo mar afora andando e me traz de uma vez o que tiver que chegar. Que eu prometo fazer que nem a moça da escada e mais, se for rápido, ainda prometo ir em seu lugar de nascimento e colocar uma vela bem forte.
Reitero aqui o pedido pela escrita. Que Santo Antônio me atenda, que leve com sua força tudo que lhe pediram . E que eu também esteja na lista dos agraciados. Amém.
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Castelo de areia
Rapidamente o espaço tornou-se vazio. Sem coisas e também sem presença.
O simbólico dos objetos esperando seu dono não sobreviveu a imposição das condições externas da sobrevivência.
Tudo que parecia eterno construido depois de muito tempo de distância ruiu e desmoronou como um castelo de areia na praia.
O nadador que chegava com a onda viu quando a mesma veio com uma violência absurda e lambeu tudo que estava a sua frente.
Sonhos, conchas, estrelas e pedrinhas do mar ficaram submersas por um tempo e logo voltaram a tona quando a onda desceu , mas o castelo frágil com as estruturas corroídas pela doença da vida sucumbiu.
Não há como saber se algum dia alguém conseguirá reergue-lo sobre outras bases mais sólidas e menos sujeitas às intempéries do mar revolto.
Mas se sabe que a experiência ensina, se sabe que é preciso encarar o mar revolto para poder depois navegar em águas calmas e construir novo castelo. O navegador que não enfrenta a tempestade no mar não é navegador, no mínimo só conheceu a piscina.
Contudo todos sabemos que "navegar é preciso, viver não é preciso" , então o desejo na ausência é do autoconhecimento sem medo, sem fuga e sem desculpas.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
Do que precisa Dona Nina?
Vim pensando no caminho. Preciso me libertar de certos apegos emocionais. Deixar ir as coisas sem ficar o tempo todo com elas me martirizado.
Preciso me libertar da baixa auto estima. E entender definitivamente que eu sou muito mais do que me considero. Sou legal demais, generosa, amorosa, parceira, amiga e muito mais, tudo que um homem sensato pode querer. Não preciso ficar com medo do outro porque ele não tem a força que eu tenho, a determinação, a generosidade.
É como poema do Ernesto "tu e eu perdemos, mas tu perdes mais".
E é mesmo por aí. Eu não preciso ficar com medo do encontro porque a poderosa aqui sou eu. Que adianta eu querer algo, se não houve uma mudança na vida do outro que significasse ele ter mais ciência de tudo e menos do próprio umbigo.
Se fosse para uma noite ótimo, um fim de semana, ótimo!
Mas o que será, será.
Nina pára, pensa, mergulha no fundo de sua memória, tenta mesmo responder ao que os astros perguntam-lhe . O que preciso me libertar é dos pensamentos que me diminuem e o tornam gigante, o que ele não é. Não é mesmo. É apenas mais um. Igual ou pior que todos os outros.
Posso ama-lo, mas também isso precisa que eu aprenda que só será de fato possível depois que me amar . E eu me amo. E não vou permitir que qualquer ação dele seja superior ao meu próprio amor.
Enfim eu sou livre, posso fazer o que quiser e dar meu amor para todos. Não vou mais estressar com ele. Se quiser vir que venha .Mas isso não é tudo. Quem sairá perdendo não sou eu. Ao contrario posso até ganhar algo que me fará mais feliz.
Eu me tenho e eu sou mais importante para mim do que qualquer coisa que venha de fora.
Eu me amo e esse amor por mim, pelo que faço, é o melhor da vida.