Rapidamente o espaço tornou-se vazio. Sem coisas e também sem presença.
O simbólico dos objetos esperando seu dono não sobreviveu a imposição das condições externas da sobrevivência.
Tudo que parecia eterno construido depois de muito tempo de distância ruiu e desmoronou como um castelo de areia na praia.
O nadador que chegava com a onda viu quando a mesma veio com uma violência absurda e lambeu tudo que estava a sua frente.
Sonhos, conchas, estrelas e pedrinhas do mar ficaram submersas por um tempo e logo voltaram a tona quando a onda desceu , mas o castelo frágil com as estruturas corroídas pela doença da vida sucumbiu.
Não há como saber se algum dia alguém conseguirá reergue-lo sobre outras bases mais sólidas e menos sujeitas às intempéries do mar revolto.
Mas se sabe que a experiência ensina, se sabe que é preciso encarar o mar revolto para poder depois navegar em águas calmas e construir novo castelo. O navegador que não enfrenta a tempestade no mar não é navegador, no mínimo só conheceu a piscina.
Contudo todos sabemos que "navegar é preciso, viver não é preciso" , então o desejo na ausência é do autoconhecimento sem medo, sem fuga e sem desculpas.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Castelo de areia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário