segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Historinha

História de mulher
 Certa vez perguntada sobre a vida ela respondeu que deveria ser mesmo assim. Mesmo assim dessa forma meio transversa que um dia é sim e outro é não, que não sabe o que é do amor e o que é da dor, que não sabe se a dor é real ou apenas química, que não sabe se ama ou cisma, que não sabe se o caminho é reto ou bifurcado. Mas parou, antes de acrescentar mais coisas olhou para frente, olhou para dentro buscando entender tudo que passou.Ninguém sabe a dor que tive, nem a ninguém interessa saber, cada um tem o é seu, ou está tão fora de si que não sabe. Entender o outro é impossível, tentamos e aceitamos quando temos amor. O que se espera do outro é sempre uma incógnita,o que se espera do outro é sempre motivo de frustração. Então por que esperamos? Talvez porque a vida seja espera e viver seja o que fazemos entrebo nascimento e a espera da morte. Mas não sabemos quando ela vem, mas mesmo assim achamos que deve vir no final, depois de muitos anos, mas não é assim. Ela pode vir hoje, amanhã,novo ou velho,ou no meio do caminho. E por que esperamos? 9 meses para nascer, e depois toda a vida para talvez voltar ao mesmo estado de antes de nascer? Será? Um estado de latência, de semente para vir. Mas tudo que passamos mais ou menos, tudo que buscamos, aqui,ali. Será que meu futuro passa aqui ou volta para lá? Os astros dirão? Ou não? De manhã estou acabada, ao meio dia tem cor. De manhã tenho certeza que é mais uma elipse de tempo entre o que fomos e o que seremos. Mas será que ainda seremos ainda nessa vida? Ainda nessa vida, me pergunto. Eu achava o mesmo de cada outro que tive. E não será. Nem eu queria que fosse. Mas de novo ele, de novo o mais punk, que estranho. Nem acho que já resolveu, acho que ainda tem água nova para rolar. Mas é quanto isso... Meu foco tem agora que ser outro. Hoje dia 31, que fique lá traz o ano do 2018, não foi tão ruim. Foi bom, mas não foi o dos encontros, foi o do crescimento, das máscaras desveladas. E agora talvez seja o da justiça, dos encontros e não mais das revelações, chega de dor.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Carta inusitada

Carta inusitada,

Terminado o ciclo, esperava eu,agora depois de vendido o que restou, entregue tudo que estava comigo e vice e versa, depois de passado um ano de desprezo,sem conversas, depois de terminado o livro de pós-memória, depois de fechado o tema para ele, que certamente já está em outra história, tudo tivesse terminado. Eu imaginava duas coisas: depois de tanto, principalmente da primeira escrita que foi a última das fases a acontecer,que como por mágica tudo apagasse da memória presente, que eu não lembrasse mais dele, não sonhasse com ele e não o buscasse.
Ou que finalmente eu entendesse, como todo mundo, que ele não quer nada comigo, por isso me descarta sem falas, sem escritos, sem nada, que esse silêncio sepulcral quer dizer : me esqueça mulher, eu não sirvo para você, cuida da tua vida que da minha eu já tô cuidando.
Porém a merda de tudo é que nada  do que deveria ser, é na minha cabeça.
Eu fantasio, sonho,espero que toda contaminação chegou ao fim , e que se poderia experimentar outra coisa, já que não somos os mesmos, jamais seríamos depois de tudo e é mesmo melhor que não sejamos.
Mas eu sei , que não consigo fazer o que ele me pediu. Eu lutei todo ano comigo mesmo, fui vencedora muitas vezes, noutras não, porque procurei, porque pedi, porque chorei.
Eu mandei uma última carta pedindo atenção, pedindo para reconsiderar. Ele não respondeu.
Diante disso então nada me resta a não ser esconder todo sentimento e sumir como fiz com 20 anos. Tudo diverso e a ação terá que ser a mesma e definitiva.
O que então peço é que por favor, junte suas palavras diretas, cruas, absolutas, e de um fora em mim, me escurassee da sua vida, diga que já tem outra e que ela é a mulher da sua vida e que eu nada mais significo para você além de uma lembrança ruim marcada pela traição de outros , mas que reverberaram em mim.
Te peço,faça isso, pois que fazendo assim eu terei que fechar essa porta, janela, fechar esta bosta de coração que ficou aberto pulsando esperando o tempo passar e você de novo e novo chegar.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Assim como veio , se foi, não sinto nada, só pena!



Que atire a  primeira pedra quem nunca pegaria a primeira muleta que aparecesse se estivesse perneta.
Muito triste  ver que passa ano, entra ano e determinadas pessoas não conseguem evoluir, pelo contrário parecem afundar cada vez mais, e pior, ainda criam carmas para serem resolvidos mais tarde, ou em outra vida.
Não sou melhor que ninguém mas certas coisas causam-me piedade, certas coisas me parecem tão surreais que fico abobalhada de ver.
Não tenho raiva, não tenho mágoa, não tenho nada, nada,nada...
Qualquer sentimento que eu podia ter, os normais, me fugiram, é zero a esquerda. Fiquei blasé a determinadas atitudes vivenciadas por mim, julguei dignas de pena. 
Coitado do amor que tive, que vida coisa para alguém que prometia tanto. Que pessoa triste  se tornou, triste de mágoa, triste de dor e de raiva. Raiva cega.
Talvez ele nunca se de conta disso tudo, mas se se der, vai doer e vai doer muito. Desequilibrado completamente, vai espernear até a exaustão. Mas de nada  vai adiantar.
Pergunto-me o que será que fez agir assim, por que de exposição?  Que  Rota de Fuga o conduziu a sentimentos complexos? Será que de fato é o cinismo? Se me chamam de puta, eu  relevo, desconsidero, porque sei que não sou. É simples assim, se me chamam de inteligente querendo me ferir, se enganam, porque sei que sou inteligente, para mim é reconhecimento.
Enfim, partiu na mesma hora que chegou, uma hora antes da terapia.  11\12\2018       

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Parapalavras

Palavras imagens
11 \03

Vergonhoso para quem se pretende escritora ter apenas um testículo escrito em 3 meses. Onde foram parar as musas? OH musas! Encontrai-me.
 Não sou Homero, nem Dante ,nem Virgílio, mas por favor da uma luzinha.
 O tempo passa e nada  acontece. Já disseram uma vez que o trabalho emburrece, eu estou convicta disso.
Ócio, onde estás que não me responde?
Criativo, que  ócio é esse? Onde ele se escondeu. Certamente não está aqui em cima do morro. Aqui a  beleza estonteante da cidade não dá foco para mais nada. Fico na plasmação,  esse estado de coisa ineeeeerte. Com muita vida e sem vida ao mesmo tempo. Tudo pode na pós-modernidade, todos os contrastes. Não temos mais o isto ou aquilo da Cecília. Temos  tudo, mil possibilidades de escolha, e aí é que mora o perigo. Como escolher?
Quem é o melhor homem? A melhor comida? A melhor leitura, a melhor F... Quem? quem ? Jamais teremos a resposta pois sempre temos possibilidade de ter uma coisa melhor no dia seguinte.
Tudo líquido, tão fluído, leve, e todo mundo quer sentir leve. Você é leve fulano, cicrano você é pesado, pesante, um chato de galocha que vive   na cola.
Todo mundo queria, ineeertemente,não! Não dá. Passou da hora. Sim, tinha hora, Só você não viu...
Eu vi, deixei correr, deixei vê, fiquei só observando, sabia o que faria. Tinha certeza que seria assim, meio assim, dessa forma. Mas qual forma?
Aí me misturei. Hibridizada!!! Hibridação... existe.?
O que existe?De novo nada, ou tudo?
Sonhei, eu sonhei de novo!!!
Tem fantasma que  vai e volta. Fica um tempo e some.
Da última vez deu para vir só em sonho. Coisa  assim esquisita como um beijo de sopro. Troca de ectoplasma. Adoro isso. Acho que  foi o que ficou faltando. Buá...   
                                                                                                                       


Imagens palavras
05\02\2012

Todas as imagens, casas, rios, árvores, sombras, pessoas. As luzes, as cores, os sons prendem minha atenção e não me deixam sair. Preciso ir, preciso ver, ler, ouvir tudo. Ouvir o que vem da mente, a vontade de transformar tudo em palavras.
Palavras,palavras, eis a razão, qualquer coisa começa e termina em palavra.
A palavra que origina, a que termina. A que explica e conflita. A que dá entendimento e a que confunde.
Que palavras usarei?  Olha Alice, tudo isso é palavra. Um dia você vai aprender a ler e a palavra será um tesouro. A menina olha como quem ainda  não entende o que estou dizendo. Pega o papel tentando ver a imagem, mas a imagem que tem é a que tem que imaginar.
Como imaginar?
Sinto falta de minha imaginação. Será que ela só aparece quando não sei, quando acho que estou sofrendo, quando preciso tirar de mim aquilo que me atormenta. Não sei, queria que não fosse.
Queria que os personagens saíssem de mim, ou contagiados por mim, nascessem  para uma outra existência.


 Acho que a cada dia sou menos escritora, quando a escrita depende se um sentimento que não compreendo. Ou ao contrário, estou mais escritora pois agora  sim, tenho o afastamento   necessário para a escrita.

Suicídio






Depois de um ano, ao  ver  o post  dele com  foto  dizendo que voltaria com uma fulana em breve, Creuza surtou, pegou um vidro de  homeopatia e virou inteiro, antes porém fez sua inscrição no Tinder!!!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

E o dia chegou

Saber eu sabia, mas talvez na esperança de alguma coisa existir ainda eu me enganei. Fingi para mim e para todos que estava preparada. Mas... e mais um soco na boca do estomago.
Quem tá preparado para ver um ex-amor com outra pessoa, ainda mais quando foi tudo tão mal resolvido para você.
O outro foi, ligou o foda-se. Não se incomodou com nada e te deixou a ver os  navios que ele plantou.
Viver não é fácil, pergunto -me .  O que fiz? A quem posso recorrer se não mim mesma. Oh dor infernal!!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

"Batidas na porta da frente"

Cada dia vai indo um pouco, falar faz bem, pensar para falar também. To ficando leve,  leve , leve... daqui a pouco flutuo. E continuo a espera do tempo.

Segundo tratamento

Não é um roteiro, é um romance, ou um diário do passado, ou uma pós-memória, não sei bem qual seria a classificação. Talvez seja tudo  junto e misturado.
Necessidade , vontade de expressão.
Eu e meu verbo, verbo que do barro vira a luz.
Essa é a minha fala, o meu lugar de fala, a fala de mulher. A fala por séculos  reprimida e que agora pode vir a tona.
Posso falar o que eu quiser, "literatizar" a  vida como aprouver. E amanhã de manhã quando eu estiver morta o que falo pode talvez viver eternamente, por que "parte de mim sou eu", e outra  parte  é paixao, é amor, é desejo e compaixão.