sábado, 13 de junho de 2020

Show do Nando Reis


Maria chegou em casa e começou a assistir seu filme quando parou para ver a Live do Nando Reis, mas antes disso fez uma exercício de covardia consigo, acho que para se testar, para deixar de vez de alimentar qualquer tipo de relação que passe da simples amizade ou estado de compaixão pelo outro.
Não, não era do tipo que pisa em cachorro morto, em menos afortunados seja pelas burras escolhas que fez ou pela simples incompetência. Por isso, ela quando começa a pensar por que  ajuda, a quem a humanidade diria para não ajudar, diz, - eu ajudo pela  sanidade que gosto  de ver nas pessoas nessa quarentena.
Talvez tudo isso seja um tapa com luva de pelica na pessoa, e para si, somente a possibilidade de ver que ela é muito boa e consegue separar a compaixão da paixão.
Mas onde estaria a covardia? Estaria em ver, vasculhar a vida pública da pessoa no facebook e lógico, encontrar o que talvez fosse ruim, ou não ruim?
Mas tu é burra mulher, fala a voz da consciência. Mas talvez seja a maneira de apagar a cisma com choque de realidade, para ver que muletas existem sempre para  aquele que quer se sentir um pouco alguém,  um desgraciado diriam as séries espanholas que ela costuma ver durante a quarentena.
Não, Maria não é egoísta, nem consigo mesma. Mas agora também chega !!!  Chega de ajuda!!!  Tá de boa porra!!!.
Mas  foi ela  que ofereceu,  por isso a pessoa aceitou sem  pestanejar. Lógico  por que recusaria internet free para comer virtualmente sua atual. Só Maria em sua  piedade não via isso, ou tinha ilusão, essa famigerada que habita sua  mente pura de  compaixão.  Mas basta! ela  grita e  garante que será diferente  que  mandará o “hijo de la putana”  pedir para   quem se deu bem  nessa história  .Maria tenta despistar os inúmeros sentimentos que lhe cortam o pensamento e vê que se não fosse vasculhar não saberia e viveria no mesmo auto engano que vem se impondo faz alguns meses.
Maria, por que? Não precisava cortar com faca afiada sua própria pele. 
Mas talvez fosse necessário, para desiludir, para o sangue  espirrado acorde seu corpo inerte. Já passou seu tempo, na distância tudo é bom,  quando não se tem conflitos.
E Maria responde ao narrador. Senhor, assim mato de vez a fermentação que o diálogo provoca.  Nada mais Maria, diz o narrador. Se você continua nessa base de contato e dependência ficará mau para  você, ele não se dará jamais conta de qualquer coisa pois que só tem olhos para seu próprio umbigo. Então Maria, chega!!! Deixa o tempo apagar de verdade, por mais que você goste de se enganar.
O que você está dizendo? O que você está fazendo um é relicário imenso desse amor!!! O que está  fazendo assim!!! 



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