quarta-feira, 31 de julho de 2024
Rota de Fuga
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Em meio ao caos vieram me visitar
O inconsciente é traiçoeiro. Essa é a frase que me segue. Faço um esforço enorme para me distanciar do que me aflige. Não como, não olho, não penso( ilusão), mas quando durmo em um sonho o cidadão vem me visitar.
Não é fácil viver assim na complexidade das ações e pensamentos que nos traem em meio a tanta loucura. A vida da voltas, esbarra aqui, ali e vai dando porrada para todo lado e ficamos tontos, meus cristais saíram literalmente do lugar e dá aquela tontura que às vezes é até uma onda, como aquela que eu fazia quando criança ao deixar a cabeça cair e o sangue descer e depois levantar rápido. Que sensação. Boa e ruim, tudo é assim, bom e ruim. Tudo tem dois lados.
Sair e ir por aí, sem vínculo, sem salário e sem emprego, mas leve. Fazendo o que me cabe no latifúndio da vida.
Acho que vou enveredar por esse campo, de escrever sem nexo, afinal quem lê isso??
Fiquei pensando sobre esse fato. Quem lê o que ? Ganhei montes de informações sobre a própria família e nem um santo da família chegou a ler. Que coisa! Os escritores escrevem para si mesmo. Talvez o conhecimento, e toda literatura seja mesmo para o próprio criador, suas angústias e questionamentos sobre o que é, foi , será. Creio de fato nisso, cada vez mais. Ninguém escreve quando está plenamente bem. Sempre tem algo aperreando a mente do sujeito que faz com que ele escreva. _Tô muito feliz, tranquilo, vou escrever. Mentira. Tem ali uma mosca que te incomoda e faz você escrever. A não ser por encomenda, ou quando a pessoa quer impressionar alguém. Ai sim, cria-se amor, dor, paixão, o diabo que carregue. Fora isso, ninguém escreve.
E lógico, para o público isso também serve. Hoje se um influenciador não fala do livro, tem jeito não... fica só mesmo para o autor que não se conteve e lançou no papel todo o seu momento.
Mas tudo isso para falar que sonhei com o sujeito de novo. Já entreguei tudo ao Santo Antônio, mas o Santo tá ainda me testando. Fazer o que? Uma hora passa. Pois eu fui bem clara com ele, já devo ter falado aqui. Faz o que for, mas me tire essa cisma, tire esse carma de mim. Faz como tiver que fazer .
E vou vivendo, estudando, pois necessito de um meio de sobrevivência até a idade em que ficarei por aqui. Ando lendo tarô, e o que os astros falam. Faz parte, afinal, não são só as marés que sofrem influência da lua e do sol, eu também.
quinta-feira, 18 de julho de 2024
Ficha que cai...
Como sempre, pessoas aceleradas possuem fichas retardadas, eu. Tudo que ocorre no campo emocional demora para fazer efeito. Deve ser pelo universo paralelo em que me localizo por cima da cidade.
O mundo visto de cima, título de programa de TV a cabo, mas qdo esse mundo chega por baixo, faz estrago.
O personagem de hoje talvez seja o de sempre, sem eira ou beira, pensando 6 anos em algo difícil de saber.
Por que tanta dificuldade?. Tá bom que teve pandemia no meio. Desculpa esfarrapada, pois em nada mudaria se não tivesse. Se eu fosse ele, já teria tido no mínimo uns três amores da vida toda. E em cada um a verborragia desavergonhada no Facebook. Quem sabe dessa vez , seja mais que uma paixão. Se eu fosse ele, também já tinha prometido amor eterno, maior amor a todos que passaram por mim. Deixaria também de falar com meu ex. Sim, porque dar corda para ex, só quando sozinha. Trocar assuntos e coisas eu não poderia, estando com alguém. E POR mais que insistissem eu não arredaria o pé.
Não é medo o que sinto. Mas não sei o que é e por que mudo tanto. O que me assusta no conjunto da obra? Essa é a grande pergunta. Eu não teria medo de me expor se fosse ele. Porque tanto faz de fato. Ninguém mesmo se importa. O mundo é das aparências e não das essências.
Quem busca a essência tá parado. Como eu que não sou ele. A liquidez dos amores talvez não seja para mim. Embora fosse eu partidária dos encontros.
Mas como assim, se todos os meus encontros sempre se repetiram. Teve encontro que durou ano e meio. Só encontro. Sem saída, sem blá-blá-blá bla, whisky,comidinha,massagem etc. Com e sem neurose. Quando desvelei para figura que aquilo era mais que encontro ela sumiu. 15 anos que nunca mais soube. Vai ver que era um ET.
E agora, agora eu entreguei meus sentimentos para um santo. E não quero mais pensar. Que a vontade do Santo resolva, que eu não tenho como fazer. Demorei demais. Antes tivesse deixado em Roma minha prece, vai que de lá chegasse mais rápido e eu definia logo esse carma.
Sim, definitivamente é carma. Poucos sabem o que aconteceu. Mas aconteceu. Inesperado que foi. Mas se eu fosse ele sairia correndo. Porque foi bom, e repetiu e repetiu.
Passa, tudo passa. Alguns dias a mais, menos vulnerável e passa.
quarta-feira, 17 de julho de 2024
Cansada
Cansada de ver as mesmas coisas,
Ouvir as mesmas conversas,
Sentir os mesmos sentimentos, que não sei identificar, se são de dor ,de raiva, de falta de entendimento da vida.
Não escrevo na alegria,
Na paz, no pleno amor,
Nesses momentos eu contemplo a sensação de estar ali.
Não são produtivos, pois a contemplação não exige trabalho de esmiuçamento da alma.
Ao contrário é diferente,
Escrevo no momento do absurdo desconexo de emoções.
De dores e desafetos,
Da ausência de entendimento do mundo e de mim.
Quando não sei se caso ou compro uma bicicleta.
Para o filósofo, a crise é que era produtora de desenvolvimento, assim como a guerra.
Talvez por isso, por querer estar nesse inferno de elocubrações, é que eu ainda me permita estar assim na angústia de pensar em certas coisas, que já deviam ter sucumbido na masmorra do pensamento.
Mas elas não foram, não morreram, e eu pensei que tivessem.
Dizer para mim mesma, eu errei, eu me confundi, é me revelar para mim. Jamais superei a situação. Alimentei todo tempo, algo que eu mesmo escondia de mim, que eu tinha e tenho vergonha.
Crítica comigo mesma, fui incapaz de fugir de mim. E eu mesma velei o que sentia.
Vi na rede um pequeno poema de Pessoa dizendo que fugiu de si mesmo. E o poeta como sempre fingidor. Tanto não fugiu que criou outros eus, para ainda ficar mais dentro.
O poeta não olha para fora, tudo vem de dentro . O olhar para fora sempre remete ao dentro e a angústia de não saber.
Só os l sadios dizem que se entendem. Eu por mim sou louca de pedra. Sempre fui. Jamais na vida achei possível entender meu querer. Querer de verdade alguém.
Sempre a mistura do querer e o não querer.
Quem sou, não me disseram.
Quem amei também não sei.
Tentando saber escrevendo livros, que desvendam para mim o que sinto.
Não sei, acho que nunca vou saber.
Sinto que controle nunca tive, talvez jamais tenha. E o objeto do meu descontrole temeu nunca conseguir me controlar, por isso de novo fugiu.
Ele sim, foge o tempo todo de dentro de si.
Eu não, queria apenas os momentos . Talvez para não enfrentar a dor de ve-lo sempre fugir. Fugiu antes, temeu que fosse eu a fugir.
Talvez como a mim, também eu nunca saiba de verdade quem ele é. Pois que se ele mesmo não sabe, como eu saberei.
E sigo, tem vez que em 2 dias passa. Outras demora mais.
segunda-feira, 15 de julho de 2024
Em meio a todo caos
Em meio a todo caos o face mostra, sei lá porque, as juras de amor de um casal que não preciso e não quero ver.
Bloquear,não bloquear, eu não sigo o sujeito e pq a IA faz isso.
Todos tem fórmulas para resolver, só que não cura. Eu já entreguei isso. E que se vá. Me deixe em paz. Tô cansada. Escrevo para que ninguém leia. Escrevo porque escrevo. E querero me livrar tô cansada desse amor inconsequente. Amor de adolescente vom promessas esdrúxulas que nunca foram cumpridas pelo simples fato de não poderem ser.
Da primeira não foi, da segunda também não, terceira não houve. Fugiu antes que eu me desse conta do que sentia. Achou rapidamente alguém mais fácil de amar.
Ele sempre fez assim. Amores líquidos de temporadas.
Eu ao contrário, amores sólidos, confusos, românticos que me fazer escrever.
Eu me alimento deles ou eles se alimentam de mim. Quem se auto comerá. Uma autofagia.
Vou juntar tudo num livro esparso de sentimentos descontrolados.
.
E foi mais um
Na vida profissional, ou na vida em geral, parece que somos ensinados que se fizermos tudo certinho dando tudo que temos, teremos louros. MAS não é verdade. Dar o máximo, ou o que deve ser no trabalho, não é o suficiente. Não te garante o emprego. Parece que a pessoa tem que ter outras coisas para lidar com as traíras,pessoas que do nada querem prejudicar as outras. Pessoas que são perversas que querem destruir aquelas que as estenderam a mão. É assim, destroem a paz dos locais, impõem modelos de medo, assédio moral entre outros. É, infelizmente é assim, até onde não deveria ser.
quarta-feira, 10 de julho de 2024
Polêmicas a parte
Abro a Internet e vejo que algo aconteceu com a cantora Isa. O que por alto vi,é que o pai do filho que ela espera a traiu. Que Foda FDP.Em duplo sentido, capaz de provocar tamanha dor. Que ser é esse fraco , a ponto de se deixar ir sem ter domínio de si mesmo e capaz de causar um estrago de tal tamanho egoísta e imensurável.
Mas vi um comentário, o homem trai. Nada tão animal. Fode como um cão, sem pensar,só pelo cheiro deve ser.
Não mensura a sensação dela. Nem de ninguém. Uma vez me falaram que viram um meu ex com alguém, apenas andando e eu quase morri. E anos depois ele disse que não me traiu, mas o estrago que a informação promoveu levou o relacionamento para o poço. Não consegui viver com aquilo. Tinha 21 anos. Depois não sei quem mais me traiu. Talvez o que os olhos não veem o coração não sente. Nem desconfiar eu desconfiei. Talvez iludida. Mas era um voto de confiança e amor. Tive relacionamento aberto. O combinado não saia caro. Inteiro quando comigo me bastava.
Contudo , não senti depois a mesma dor. Senti outras,mas aquela não. Pq a insegurança promovida processa dor e mina qualquer coisa.
Perdoa-se, sim. Muitos se perdoam, é bom perdoar. Mas em que se pauta a relação. O que fazemos e o que esperamos e levamos em conta?
Eu descubro agora com a idade que tenho que sempre fui muito fiel, em tudo. Especialmente ao meu amor. Se amo, me contento e fico plena desse amor. E ele me basta. Não é imposição, não traíras, eu não sinto vontade. Mesmo quando o cara é babaca e não entende isso. Creio que sou acima de tudo fiel a mim mesma.
E até nas relações descompromissadas sou assim.
Sem dúvida, que nessas relações eu acabo por esperar mais. Mas também tem o problema do outro. MAS de uma vez,eles não conseguiram lidar com a liberdade de não ter compromisso. E se sentem soltos.
Não é medo de relacionar, que me faz estar só. Talvez falta de oportunidade. Ninguém vem bater em casa e eu não uso aplicativo.
Creio na moira, se tiver que encontrar, será.
Senti dor recente, e minha amiga falou o que fiz. Mas eu não tinha ideia que o tal não conseguia lidar com a mulher solta, livre,independente. Era demais para a cabecinha do menino, do garoto imaturo. E diante disso o que estava bom, deu lugar para ele a um outro relacionamento . Ele testa de novo. Eu fico parada. Não me incomoda. Tenho outras coisas e tenho o perfeitinho. E salve as mulheres livres. E confirmo embora romântica, que sou livre!! O que pesa mais eu não sei mesmo.
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