quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Estranha sensação.

Depois de algumas leituras e do mergulho  que me propus a fazer dentro de mim mesma venho prestando mais atenção na intuição. Claro que tem a ver com a intenção de libertar a mulher selvagem que temos e que ficou tolida e guardada por tanto tempo.  Então nesse processo  qualquer tipo de sensação que  eu tenha e começo a perceber se é fruto de uma razão simples com as associações ponderáveis para cada caso. Ou se  é fruto de algo mesmo intuitivo.
Não é fácil sair desse universo  sistemamatizado por mim. Quase 50 anos de sensações  não explicadas e forçosamente despercebidas não serão em um minuto recuperadas.
Mas to tentando.  E assim começo a lembrar de coisas que pensava mas não valorizava.
Nossa mente é maravilhosa e as vibrações podem ser sentidas mesmo a distância.
Hoje ouvindo a  monja ela contou de quando estava no mosteiro e  ao meditar ficava pensando na filha em casa. E sua mãe depois lhe disse que parasse de visitar a filha que estava assustando a todos em casa.
Ou seja,  para nossas vibrações  não tem distância.  Como não tem para o que recebemos de longe.
Se ontem percebi que alguém não estava bem, pela forma da escrita ,hoje eu pergunto.  Mas nem todos respondem. Talvez ainda esteja mal.
Que fazer para ajudar a não ser  enviar Boas vibrações. 
Vejo pessoas que  as vezes são imediatistas e querem resolver certos tipos de problemas da vida toda em poucos dias.
Se  fosse uma questão cirúrgica ainda vai lá.  Mas não é o caso.
Questões da psique são difíceis de remover ou entender rapidamente.  Mas há quem ache que pode e no menor sinal de descontentamento foge e para de tratar,aí de novo volta a estaca zero.
Não é fácil  não.  Mexer nas feridas exige de nós muita força.  E não adianta apelar apenas para algo que vem de fora de você.
Tem que olhar para dentro da ferida e mexer e revirar e fazer sangrar até que saia todo pus e sangue podre , só assim começa a sarar.
Então,  me pergunto quem tá disposto a isso? Eu estou.
Onde está a irritante veia  de Narciso que me faz querer que o outro ame e aja como eu?. Onde foi que deixei isso vir a tona?
Que auto estima mais sem vergonha que depende da confirmação do outro para me dizer as coisas.
Como  ver o que as coisas são   e não ficar elocubrando.
Tudo que devemos a nós mesmos é ser coerente conosco com nosso sentir e fazer as coisas com base nisso.
Não podemos ,a essa altura da vida, fingir que o que queremos é o que os outros disseram só para ter aprovação deles.
Se toda vida isso aconteceu tá na  hora de rever.  Tem mais um tanto de vida para frente e preciso mudar.
Não ser mais descontente com as minhas relações no presente delas.
E viver a plenitude delas sem ficar projetando.
O ideal não existe, e como avaliar se vale ou não a pena viver as coisas que atravessam a nossa frente.
Me dizem  que o amor maduro é diferente, pesa na balança coisas que na adolescência não pesa.
Fico então  em que tipo. Acho que até agora amei apenas de forma adolescente com consequências nem sempre melhores.
E pior, também encontrei pessoas com o mesmo perfil.
Talvez eu tenho estacionado a minha emoção em algum lugar,ou não lugar, que não sei. E venho dando cabeçada.
Não é que eu goste de estar só,  não me desgosto é fato, mas certas relações que em períodos de crise nos esgotam tanto que pensamos que estar só seria melhor.
Eu sei o quanto amo. Sei o tipo de amor que tenho. A busca de certa entrega,mas não posso fazer disso a única moeda de troca. A única razão, simplesmente porque não vinga.
Planos tem que ser juntos,  metas e embora eu tenha por três anos acreditado nisso e investido nisso. A pessoa não tinha condições de fazer o mesmo.  E ao não dividir ,achar que sabia tudo se deu mal.
Mas vamos lá.  Tem mentes ainda mais doentes que resistem em se curar.
Hoje dormirei com o mar entrando na minha janela.  Que me traga paz!!!





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