terça-feira, 17 de outubro de 2017

Metaficção?

Numa das maiores dores de amor que tive na vida conheci Clarice Lispector e sua literatura.
De repente, um novo mundo se abre na frente dos meus olhos.  Na segunda vez, também numa puta dor de amor ,conheci  um livro da Hanna Arendt chamado Rahel . Mas o que isso tem a ver? Por que a literatura  surge nesse momento? Simplesmente porque essa tal literatura as vezes traz em seu universo os sentimentos dos escritores e dos personagens que inventam e com os quais nos identificamos. O processo é da catarse.  E quem somos nós para explicar  isso,  mas o fato é que entendemos por aí que nosso sofrimento não é exclusividade nossa.
Mas  o que me diziam, a Clarice  me fala: então, "viver ultrapassa qualquer entendimento! " e por isso não adianta ficar quebrando a cabeça  tentando entender o que se passa na cabeça do cara. Simplesmente porque você não conseguirá.  Homens e mulheres pensam e sentem diferente e tudo que você valoriza ele anda... Planetas distintos, como pode dois únicos pedaços de carne (p e p-peito e pinto) fazerem tanta diferença na lógica sentimental.
Sempre o que queremos não temos. E quando  nos esforçamos para chegar junto o cara desiste.
Tentar junto,  é expressão que não faz parte do vocabulário deles. Ou você faz sozinha e leva para o casal ou não vai ter.
Por mais amor que esteja envolvido na história.  Ele nunca te entenderá. Se quer um par para isso,  é melhor desistir a tempo antes de se frustrar.
Pode ele dar  muita coisa,mas entendimento e o que você sonha, não dá.
Não é coisa de mal amada não.   É só constatação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário