O filme antigo" Eu sei que vou te amar" do Jabour tem uma cena que os personagens discutem sobre o amor, ops, o filme é todo isso. Mas nessa cena eles falam do dia em que de repente um deixa de amar. Acorda de manhã e pensa :pô não amo mais fulano,ciclano, beltrano, como se fosse assim possível na vida real.
Pode até ser que seja para algumas pessoas. Mas na maioria das vezes é um processo.
Mas o que é importante nesse caso é entender o processo,como eu vou me movimentando diante da pessoa que julgo amar . E me pergunto o que é o amor que leva a querer somar as vidas? Ou dividir o pão, talvez mais apropriado ? Ou não? Se cada um tem o seu, o mais correto seria somar.
Cada vivência quando se juntam somam e se complementam. Aprende-se junto, da-se força ao outro e eles viram cúmplices.
Pode até ser que seja para algumas pessoas. Mas na maioria das vezes é um processo.
Mas o que é importante nesse caso é entender o processo,como eu vou me movimentando diante da pessoa que julgo amar . E me pergunto o que é o amor que leva a querer somar as vidas? Ou dividir o pão, talvez mais apropriado ? Ou não? Se cada um tem o seu, o mais correto seria somar.
Cada vivência quando se juntam somam e se complementam. Aprende-se junto, da-se força ao outro e eles viram cúmplices.
A cumplicidade, na minha opinião, é a maior representante de uma relação.
Ser cúmplice na relação é sentir que se tem afinidades com o outro e mais que isso é compartilhar coisas, ideais e conceitos. Não digo com isso que ser cúmplice seria pensar tudo igual. Não é isso. É além disso, é apesar das diferenças que todos temos.
Hoje senti saudades dessa cumplicidade. Sinto agora e penso em como nos fazemos agir por contingências espaço temporais. Como somos filhos e produtos dessas mesmas contingências.
Não sei se acredito que tudo foi possível de acabar como num sopro de vela. Todavia preciso aprender a pensar assim. Sentir saudade faz parte do processo. Na verdade, é mesmo a saudade um sentimento muito cultivado por mim especialmente. Hoje tenho mais noção disso que ontem. Muitas vezes o grau de expectativa era tão grande que quando a coisa de fato não acontecia eu morria de saudade do que esperei e que não houve. Fala sério, não tem cabimento e é o que nos faz sofrer. A falta de presentificação e a expectativa. São as causas de frustrações.
Ser cúmplice na relação é sentir que se tem afinidades com o outro e mais que isso é compartilhar coisas, ideais e conceitos. Não digo com isso que ser cúmplice seria pensar tudo igual. Não é isso. É além disso, é apesar das diferenças que todos temos.
Hoje senti saudades dessa cumplicidade. Sinto agora e penso em como nos fazemos agir por contingências espaço temporais. Como somos filhos e produtos dessas mesmas contingências.
Não sei se acredito que tudo foi possível de acabar como num sopro de vela. Todavia preciso aprender a pensar assim. Sentir saudade faz parte do processo. Na verdade, é mesmo a saudade um sentimento muito cultivado por mim especialmente. Hoje tenho mais noção disso que ontem. Muitas vezes o grau de expectativa era tão grande que quando a coisa de fato não acontecia eu morria de saudade do que esperei e que não houve. Fala sério, não tem cabimento e é o que nos faz sofrer. A falta de presentificação e a expectativa. São as causas de frustrações.
Mas viver é aprender, mais uma vez vamos vendo com mais nitidez o que faz essa frustração.
Sem remoer vamos nos desligando dela e vai rápido, pois a consciência é mais clara com a idade.
Nada mais é impossível e tão trágico que não passe com o tempo. Tudo passa e melhor que seja com mais consciência.
No filme Agnes Varda,88, "Visage villages", vemos ali a lúcida velhinha em seu projeto de criação. Junto com o fotografo JR, ela que também foi fotógrafa constrói uma narrativa fílmica livre, poética, registro sim, mas devidamente costurado no final para não ser chato.
O acaso talvez seja a grande pegada, pois chegavam nos lugares para ali descobrir quem seria fotografado e reproduzido e colado no lugar escolhido na hora.
Pequenos vilarejos na França, na Normandia. Lugares escolhidos para intervenções com pessoas e fotos. Muito bonito e sutil, a arte impermanente, que se vai com a chuva, com o tempo. Não fica musealizada, ou fica se dela tiramos uma foto e levarmos para o museu. Foto da arte, foto registro.
A sociedade do registro do olhar, da visibilidade e sua exposição. Fotografamos mais que vemos. Isso é fato,já devem estar explicando porque precisamos tanto de selfs . Não sei por que, mas a questão é que entramos no mecanismo alguma hora.
Fico pensando se nossas memórias guardarão tudo de toda foto que fazemos. Tá na cara que não.
Vou escrever sobre a memória, as cidades e tudo que nos envolve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário