segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

E vamos de primeiro dia.

Então você vai a praia,  pede para Iemanja levar tudo que passou e te dar um branco de mente e sentimento.  Aí vê os fogos e sonha e sonha com tudo que quer esquecer. Alguém já disse : se quer esquecer, esqueça de esquecer , caso contrário você só lembra.
E lembrar é ato ingrato com quem sofre de amor.
Não que tudo tenha sido mel o tempo todo, não foi, talvez mais fel que mel.
Mas fel meio inconsciente, por um lado e consciente por outro.
Na ânsia de  ajudar talvez tenha ultrapassado o metron, não o meu, mas o de quem não estava preparado para ser ajudado.
Embora quisesse ser ajudado, por um minuto, no seguinte ele não queria,pois não dar conta,  ter medo e não saber o que fazer ultrapassava seu metron, esse mesmo do mito.
Mas eu meio me culpo por não ter visto isso e ter ajudado a mexer no vespeiro.
Mas preciso me perdoar,  eu também cega estava, e baseie tudo em um suposto conhecimento que não tinha.  Como alguém te surge do nada e você  sem qualquer intuição ou qualquer coisa se entrega de bandeija com base em um conhecimento ultrapassafo de 25 anos atrás.
Fui precipitada, avaliei mal tudo. E ele também.  Não em relação ao negócio mas em relação a disponibilidade para ficar.
Como não enxergar as fugas de cara, como não olhar o passado. Eu simplesmente  fiz de novo a mesma coisa.  Não fui observadora. Se fosse nem teria chegado perto para não ser enfeitiçada.
Alice me disse,  tenho pena da Iemanja ,você vai dar muito trabalho.
Sinto-me como se tivesse 20 anos. Como pode tamanha imaturidade minha?
Choro, paro,volto a chorar.  Fico preocupada com ele. Não sei de nada e faço esforço para não saber nada dele. Mas me corrói.
O remédio é deixar morrer. Isso me diz minha razão, mas não sinto.
Sonho com tudo diferente,  mas sei que pode ser ilusão se ele não tiver mudado.
A dor é confusa demais.

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