Chega! gritou Zora para quem quisesse ouvir. Não aguento mais essa punhetação mental em torno dessa questão.
Se me aquieto e fico calada uma questão aparece me perguntado e pedindo do nada, aquilo que nem se sabe o que é. E aí vem a enxurrada de pensamentos contraditos e alucinados sobre tudo.
Definitivamente isso não é para mim. Podia ficar a vida inteira pensando na morte da bezerra, em como eu poderia parar para entender qualquer outra coisa, mas não me venha com necessidade de aceitar e entender o que ocorre na vida das pessoas e em seus relacionamentos. Já me basta o improvável da existência , aprender a pensar a mim mesmo.
Tudo é simples, mas complicado é o que se torna.
O homem nasce e cresce e se detona no processo do existir.
Culpa meio mundo e tem raiva do outro, sem entender que a raiva é de si mesmo.
Que tempo mais confuso.
Zora cansou, cansou de ter que escrever para pensar. Tudo é o que é. E deixa pra lá. Vai ser o que tiver que ser. Aquieta-se . Deixa estar. Segura os hormônios pois que o que será ,será.!
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
terça-feira, 29 de maio de 2018
Zora e seu tempo
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Medianeiras
O filme MEDIANEIRAS de Gustavo Taretto sobre o qual escreverei para um congresso chama-nos atenção para questões muito atuais: o excesso de comunicação ou meios de se comunicar e a grande solidão que se instaura apesar desses meios.
Quem encontra seu Wally na cidade que o preserve, pois o momento é crítico .
Talvez pelo excesso de formas de não contato real e de contato virtual apenas, cada vez as pessoas me parecem mais intolerantes com as outras e não admitem nada que fuja do seu padrão . Tudo bem que muitas vezes a pessoa tá mal, passou por uma daquelas porradas explícitas da vida e se coloca como irredutível a qualquer apelo. Mas como saber?
Na época do filme existiam os chats , tanto que eles se encontram ali. E hoje tem os aplicativos. Mas, talvez por falta histórias para alimentar minha análise , as coisas continuam iguais. A solidão das pessoas continua a mesma.
Aceitável que vez por outra estejamos fechados para balanço, mas me pergunto por que nos colocamos assim ? Medo do outro, medo de escancarar a janela, medo das cobranças alheias, vergonha de não dar conta da própria vida. O que será?
No filme 2 casos diversos mas iguais em resultado, Mariana 4 anos num relacionamento que termina e ela sente a dor de ter gasto tanto tempo da vida. Mas será que é de fato gastar. Os personagens são jovens, mas tempo vem e vai e os desencontros continuam . Quando se tem menos idade ficamos na expectativa do destino, quando mais tarde vemos que o destino somos nós quem fazemos. Aí olhamos para trás e haja estrutura para olhar de verdade, ver os problemas, CORRIGIR-se , e seguir adiante. Isso sozinhos e também acompanhados. Os chamados "tempos ", das relações modernas talvez sejam para isso. Remodelar a máquina, por óleo e botar para funcionar de novo com novo gás.
A questão é que tem muita gente que prefere não ver sua responsabilidade sobre sua própria vida e se comporta como um vitimizado não faz nada e segue infeliz. Ou seja, deixa a máquina emperrar e não vai nem para frente nem para trás.
Um outro filme , esse francês que assisti faz pouco tempo ,a questão é parecida. "Deixe a luz do sol entrar" onde a personagem mais velha um pouco vai se deparando com uma infelicidade nas relações. Vai testando e apesar de estar aberta não consegue achar.
O que está acontecendo? Por que tantos desencontros e desencantos?
Será que fazemos parte de um grupo fadado a viver a eterna procura? Ou o eterno retorno do Nietzsche? Ou mesmo sermos Sísifos que carregamos a pedra até o topo da montanha e quando lá chegamos ela nos escapa e rola montanha abaixo e temos que subir de novo.
Talvez estejamos precisando reavaliar o que é importante . No filme Medianeiras o rapaz Martín perde a namorada, tem síndrome do pânico, se isola na caverna, seu apartamento caixa de sapato , faz terapia e me parece mais aberto que a maioria dos homens que vemos por aqui.
Tudo bem que a Argentina tem uma forte tradição na psicanálise.
Sei que os filmes nos suscitam divagações, questionamentos, as vezes acabamos escrevendo além da conta. Mas que fazer? A vida é isso mesmo. E viva quem vive se dando conta do que faz. Quem não está na engrenagem massificada de trabalhar sem pensar, ou para apenas fugir.
Medianeiras dá muito toque para nossa vida e nossas relações na cidade, enfim numa quase comédia romântica nos diz que temos que nos esforçar para encontrar Wally e mante-lo o que é mais difícil em tempos de desencontros.
Metamorfose ambulante
Metamorfose ambulante
A vida é assim, sem esperar tomamos um escorregão que nos faz amadurecer e crescer em 6 meses o que não foi em 15 anos. E o melhor, consciente do que éramos, do que mudamos e do que queremos. Salve o tempo das elaborações , ainda bem que tenho a liberdade de ser aquela "metamorfose ambulante". ECC
terça-feira, 22 de maio de 2018
O frio
O coração gelado desenhado no gelo da noite de uma cidade serrana .Ele pode ter dois significados:ser o coração de quem se pensa ou ser o gelado de um sentimento que não encontra receptividade. O que é não sei. Sei que o frio faz sentir as emoções mais distantes, faz sentir abandono, cama fria, saudade, vontade de reconsiderar ou pedir para alguém faze-lo . Como respeitar dessa forma sentindo tudo isso? E ainda são só dois dias de frio. Que Nossa Senhora do Gelo me ouça e leve pelo caminho do inverno.
Procura-se uma cidade
quinta-feira, 17 de maio de 2018
O preparo
Tudo na vida hoje está sendo repensado e nada como ir além para ver distanciado o que é.
O mundo árabe me encanta desde sempre e é isso que vou ver de perto.
Vi hoje vários vídeos e me pareceu bem" tranquilo". E lá vamos nós.
Sem dúvida que preferiria ir acompanhada, mas que fazer quando a companhia não existe. Não vou esperar que a vida passe inteira e eu a aguardar um parceiro que sempre sonhei para a minha viagem. Até porque ele pode nunca existir. Posso encontrar alguém que não goste de viajar, ou que tenha medo, ou que não tenha isso como algo importante na sua vida. Ou mesmo alguém que não tenha condições ou que não se esforce para tal.
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Guru Ram Das Guru
SAT NAM!!! A verdade é minha identidade!
É impressionante como coisas surgem na nossa vida em horas que menos esperamos, sempre naquelas horas em que nos vemos num processo mais intenso que de costume,ou se o costume é a intensidade, o que de certa forma é como me sinto. Nunca simples, tranquilo, sempre em turbilhão e cada um desses, de tantos em tantos anos assola a vida que achávamos que não tinha muito mais para acontecer.
E quando conseguimos bater no fundo para subir, reencontramos essas coisas que deixamos no cantinho guardadas para quando precisarmos e lógico precisamos sempre.
Sempre naqueles momentos em que bobamente achamos que nossas são as certezas, as verdades e tudo mais, vem a vida e zummmm, dá-nos uma rasteira joga nossas certezas no lixo e nos faz rever tudo de novo. Reconstruir, ressignificar, rebolar, dançar, criar, ir sem medo, mas consciente. Ou melhor, jogar o grande medo na água corrente olhando para ele de frente e dizendo- vem cá, eu não vou me debater, venha e vá... pois eu ficarei aqui. Já li na cartilha, já sei que tudo passa, que até a dor mais profunda passa e acalma. Então não vou espernear, gritar como criança, dizer que não brinco mais, que acabo com tudo, porque tudo vai mesmo acabar e eu não preciso me antecipar.
Aí nessa consciência do processo vamos tateando as coisas velhas novas coisas que temos. Velhas porque já conhecíamos mas tínhamos esquecido. E penso por que esquecemos nossas práticas e nos deixamos entrar na correnteza louca de certas situações que nos cegam? Por que não conseguimos ver a realidade? E por que certas vezes vemos mas não conseguimos raciocinar. Ou por que somos envolvidos por outros que também não conseguem ver? É o processo, não tem jeito, se tem que passar, passará.
sábado, 12 de maio de 2018
O amor da última idade
Confira "Elsa e Fred - Um Amor de Paixão" na Netflix www.netflix.com/title/70301343?source=android
Num sábado a noite você começa a vasculhar algo na TV para relaxar e se depara com filmes assim. Hollywood agora nos ensina a viver os últimos anos da vida. Nada mal, ainda mais quando passa por Roma e nos faz lembrar de um tempo bem gostoso. Pena que muitas vezes só nos damos conta das coisas depois que elas passaram. Mas fica a lembrança de viver ali.
Mas é bom ver filmes dessa ordem que mostram que tudo é possível e que não é o envelhecer que impede de poder viver. Deixar a rabugisse de lado, o orgulho e o excesso de obrigações e ir viver bem, com quem nos faz bem. É isso que se leva, a sensação de amar e ser amado.
Shirley MacLaine e Chistofer Plummer, uma linda mensagem.
Olhar dentro e fora
O celular hoje tem uma função pra lá de louca. Antigamente para falar com alguém distante você ou mandava carta e aí eram semanas,meses para uma resposta ou não. Depois o telefone forma diretíssima de se falar e expor o que se sente. Quando havia as duas formas ou se optava pelo longo tempo ou pelo curtíssimo dependendo da situação de vida e estágio das coisas.
Em 1989 era assim. Quando optavamos por não ligar, ou não falar ,nem por carta ,nem por telefone isso nem sempre queria dizer o que era. Não dizia que vc não queria mas que você esperava a reação do outro muitas vezes.
Agora li um texto no Instagram, desses que todo mundo comenta. Principalmente jovens que tem todo tempo do mundo e não sentem que cada dia é menos um,que talvez não tenham pressa de se encontrar, e o texto dizia se der vontade de ligar,de falar, etc e tal no silêncio do outro vai tomar um banho e larga o telefone celular.
Aí eu curiosamente fui aos comentários ver a galera. E todo mundo apoia, vamos todos tomar banho, já que o silêncio também é uma fala. Mas que fala? Tipo: estou em silêncio pois não quero ser importunado, estou em meditação, estou em auto estudo, estou esperando que o outro me fale, estou porque estou? E fico confusa com as manifestações, pois se os dois lados pensarem assim nunca mais as pessoas se falarão.
Difícil essa medida, de respeito ou de espera. Especificamente talvez seja de respeito meu , se a pessoa não me responde é sinal que não quer papo . Agora , o que o outro pensa do meu silêncio? Será que pensa o mesmo. Talvez não, talvez se dane para ele. E quando ele exarceba manda uma mensagem para verificar a função fática. No que se responde prontamente restabeleceu a função. Já pode silenciar de novo. Tudo sobre controle. Será?
Mas para que, se um da logo um mole escrachado?
Aí realmente diante disso é o próprio poder se restabelecendo.
Parece que está garantido? Mas será?
Tudo viagem, viagem de palavras.
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Resposta ao tempo
Resposta ao tempo
Nana Caymmi
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Sem censura
Se tem algo que faz o álcool é tirar a censura das nossas mentes. Ficamos sem aquela trava da consciência que nos impede de fazer coisas , que nos limitam de dizer etc e tal.
Aí nós nos programamos e de repente num ato impensado acabamos jogando por terra tudo. Ou fazendo o que de verdade tínhamos querido mas que não achávamos que devíamos.
Se segura amiga, tudo tem seu tempo talvez não seja ou talvez já foi. Não tem como saber.
Já foi e agora é esperar. " batidas na porta da frente é o tempo."
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Perder para encontrar
Estranha sensação!!! Essa agora é a sensação de silêncio, de tudo e de toda. Muito silêncio, podia ser talvez num processo de apagamento. Antes fosse, mas não é. Lembranças que se fazem e o melhor de tudo ressignificações que levam a constatações nem tão boas assim, mas naturalmente necessárias. Meio Florbela, meio Clarice, meio Cecília, meio tudo. Caminhando e anotando. Perdendo e encontrando!!!!
segunda-feira, 7 de maio de 2018
As possibilidades!!
Entrevista com presidenciáveis no Brasil. Talvez a melhor maneira de ficar sabendo o que pensam e como pretendem agir. BOA entrevista, é preciso ouvir, e perguntar.
Reforma política, tributária, maior representatividade de grupos minoritários que não são tão minoritários assim.
Será que povo está vendo?
Tá na hora de começar a estudar os candidatos.