sábado, 12 de maio de 2018

Olhar dentro e fora

O celular hoje tem uma função pra lá de louca. Antigamente para falar com alguém distante você ou mandava carta e aí eram semanas,meses  para uma resposta ou não. Depois o telefone forma diretíssima de se falar e expor  o que se sente.  Quando havia as duas formas  ou se optava pelo longo tempo ou pelo curtíssimo dependendo da situação de vida  e estágio das coisas.
Em 1989 era assim.  Quando optavamos por não ligar, ou não falar ,nem por carta ,nem por telefone isso nem sempre queria dizer o que era.  Não dizia que vc não queria mas que você esperava a reação do outro muitas vezes.
Agora li um texto  no Instagram, desses que todo mundo comenta. Principalmente jovens que tem todo tempo do mundo e não sentem que cada dia é menos um,que talvez  não tenham pressa de se encontrar, e o texto dizia se der  vontade de ligar,de falar, etc e tal  no silêncio do outro  vai tomar um banho  e larga o telefone celular.
Aí eu curiosamente fui aos comentários ver a galera. E todo mundo apoia,  vamos todos tomar banho, já que o silêncio também é uma fala.  Mas que fala?  Tipo: estou em silêncio pois não quero ser importunado,  estou em meditação,  estou em auto estudo, estou esperando que o outro me fale, estou porque estou?  E fico confusa  com as manifestações,  pois se os dois lados pensarem assim nunca mais as pessoas se falarão.
Difícil essa medida, de respeito ou de espera.  Especificamente talvez seja de respeito meu , se  a pessoa não me responde é sinal que não quer papo  . Agora , o que o outro pensa do meu silêncio? Será que pensa o mesmo. Talvez não, talvez se dane para ele. E quando ele exarceba manda uma mensagem para verificar a função fática. No que se responde prontamente  restabeleceu a função. Já pode silenciar de novo. Tudo sobre controle. Será?
Mas para que, se um da logo um mole escrachado?
Aí realmente diante disso é o próprio poder se restabelecendo.
Parece que está garantido? Mas será?
Tudo viagem, viagem de palavras.

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