quinta-feira, 17 de maio de 2018

O preparo

















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Preparo uma nova viagem. Desde que descobri em mim a  vontade de descobrir novos espaços,  gentes e culturas  isso me  move para outros  campos.
Dessa vez a  viagem será para um continente que nunca fui com uma  língua que não falo e com um povo que me parece muito simpático.  Desde que morei na Itália tive vontade de lá ir , mas não tive coragem.  Agora, antes dos meus 50 anos, me proponho a fazer algo diferente, algo que poderia ser motivo de medo e  que  me desafio.
Tudo na vida hoje está sendo repensado e nada como ir além para ver distanciado o que é.
O mundo árabe me encanta desde sempre e é isso que vou ver de perto.
Vi hoje vários vídeos e me pareceu bem" tranquilo".  E lá vamos nós.  
Sem dúvida que preferiria ir acompanhada, mas  que fazer quando a companhia não existe. Não vou esperar que a vida passe inteira e eu a aguardar um parceiro que sempre sonhei para a minha  viagem. Até porque  ele pode nunca existir.  Posso encontrar alguém que não goste de viajar, ou que tenha medo, ou que não tenha isso como algo importante na sua  vida. Ou mesmo alguém que não tenha condições ou que não se esforce para tal.
Então diante das mais variada possibilidades de não realizar acompanhada, resolvi realizar sozinha.    
Essa como algumas outras viagens, não muitas, essa como algumas outras coisas que sonhei e que sonho e  que busco realizar.
Talvez seja mesmo esse o meu caminho, mais solitário  que acompanhado.  Não por preferência, eu bem que tentei várias vezes estar junto de alguém.  Não sinto solidão, gosto de estar comigo mesma, não quero uma muleta para completar um vazio como fazem muitas pessoas, quero sim  ter alguém que  compartilhe comigo tendo toda sua individualidade preservada. Não quero ser  obrigada a não estar só porque  uma lei definiu, mas gostaria de estar porque  sinto vontade de partilhar.
Entretanto nem todos entendem assim.  Homens tem sentimentos diversos de mulheres, e querem ser e estar acima sempre e se não estão piram, ficam deslocados, acham que cobramos coisas que não cobramos, eles se cobram e fazem reflexo em nós. Aí realmente fica difícil de gerir a vida. Alguns se perdem no próprio sentimento. Querem e não querem, justificam-se  perante nós , mas não sabem porque. Sofrem  de uma imaturidade e nos confundem com  mães e nos acusam quando não os resgatamos de  sua  infantilidade.
 Muitos ainda   se recusam a se olhar no espelho. Mas desviei. Não será essa a minha mais nova viagem. Essa será de novo dentro de mim mesma, pois que  estar sozinha é sempre assim, viajar dentro do meu espaço, meu universo particular, minhas questões que preciso encontrar, para depois então ver se a partir delas posso finalmente achar alguém que me acompanhe.   

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