Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quinta-feira, 28 de março de 2019
Vocativo
quarta-feira, 27 de março de 2019
Santo guerreiro e o dragão da maldade
domingo, 24 de março de 2019
Evento
O Real Gabinete Português e o Liceu Literário Português
Convidam para Mostra de Filmes portugueses e brasileiros adaptados da literatura
Dia 3 abril - O Delfim - palestrante - Professora Dra.Mônica Fagundes UFRJ
Dia 17 abril - A Selva - Professora Mestre Fran Rebelato-- UNILA
Dia 24 abril- A hora da Estrela - Professora Dra. Silvia Oroz-FACHA
DIA 15 maio- Amar verbo intransitivo- Professor Dr. Marcelo Augusto -FACHA
Dia 29 maio- A maior flor do mundo- Professora Dra. Malu Melo -ISERJ
Dia 12 - Órfãos do Eldorado- Professor Dr.Paulo Oliveira UERJ
DIA 26 junho- Ensaio sobre a cegueira -Professor Mestre Flavio Mello- UFRJ
domingo, 10 de março de 2019
Mercúrio retrógrado, não há Venus que aguente
Esse mercúrio retrógrado é infernal, mas tudo que tem muita força também possibilita os mais vastos pensamentos como por exemplo o vindo nas músicas do Nando Reis, "Eu e Ela". E passamos, passamos, passamos... tudo passa.
Trancou a porta e fechou a janela
Pra não pensar mais em mim
E eu te pergunto:
Pra que?
Vou deixar você me esquecer
Pra encontrar a pessoa mais certa
Que possa lhe amar
Bem longe de mim
E eu te pergunto:
Por que?
Estendo a mão sem dar um beijo
Escrevo as últimas palavras
Enfrento ou finjo que não vejo
Espelho meu desiste dessa cara
Esqueço ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-lo
Entrego a ela todos os segredos
Foi tudo para mim
Tudo
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou a janela
Pra não pensar mais em mim
E eu te pergunto:
Por que?
Estendo a mão sem dar um beijo
Espelho meu desiste dessa cara
Entrego a ela todos os segredos
Foi tudo para mim
Tudo
sábado, 9 de março de 2019
Meditação
Descobri que tem algo nos astros esse mês que faz uma regressão em nós.
Na solidão da infinita estrada de carro penso e descubro na minha anamnese que certas coisas são tão minhas que preciso encara-las, aceita-las e aprender com elas a viver.
Viver sim, porque entendi que elas são parte de mim e não posso, não devo ficar culpando outros por isso. Uma vez isso entendido já posso me ver em outro patamar. Não ficar esperando que o outro me satisfaça pois isso depende mais de mim que deles todos.
quinta-feira, 7 de março de 2019
Divagações
Essa terrível sensação de não saber o que fazer. Se vou ou se fico. O que busco ou não busco. Tudo confuso e complexo. Buscar o que? Fazer o que?
Da simples tarefa do dia a dia, aos sentimentos mais complexos.
Um tempo para mim. Olhar para mim. Sentir a mim. Pensar sobre mim. E esse universo de minhas descobertas. É a hora. Sempre é a hora. O que foi foi, torna-se outra vereda e vai. Vai em busca de si mesmo. Porque o outro já foi, os outros já foram. Só falta você. Seu caminho é só seu, se um dia acontecer de esbarrar, será um dia, nunca se pode saber o que será. Isso não nos é dado. Podemos intuir, mas saber jamais, tudo muda a todo instante. Tudo é impermanente.
quarta-feira, 6 de março de 2019
Reprogramação
Como se reprograma a vida, a mente?
Palestras e ordens ao seu cérebro para ele ver que o que você manda é ordem e deve ser feito. Eu sou muito boa nisso, ou naquilo e acreditar e sentir isso. Eu
atraio o que Eu quero, pois o inconsciente é quem manda. Logo não adianta o consciente dizer X se o inconsciente diz Y. Porque o primeiro vai agir para ele ser satisfeito. Dessa forma, eu usarei somente o sim, vai ter dinheiro, vou visualizar o trabalho, vou ter amor, vou ter tudo e fazer tudo que eu quiser. Criar na mente o que queremos é o caminho para conseguirmos. Assim que se faz. É assim será . Não me preocupo pois sei que virá.
terça-feira, 5 de março de 2019
Pensar e conflitar
De repente percebemos que o que sentimos não é exclusividade nosso. Que nosso famoso descontentamento pode ter uma origem muito mais essencial que pensávamos. Não era o homem da vez, nunca foi. Era eu mesmo, eu sempre, eu que entendo, que necessito aceitar que sou assim, e transformar tudo isso em algo que, na pior das hipóteses, sirva para alguém ler e se identificar.
Aos 50 descubro que tal sentimento sempre existiu e fez parte de mim. Algo que não sei ao certo explicar, que não sei ao certo como sinto. Tal como não saber se tem enjoo porque comeu ou porque tem fome.
Investigo-me incessantemente, numa caça solitária de mim mesma. Vejo-me desgarrada de tudo, numa completa sensação de não se estar de todo em nada.
Lanço-me no abismo do vazio, que eu mesmo precisei criar.
Com o verbo construo o meu sentir, que não é apenas meu.
Amor,caridade, entrega, nada me basta. Tudo não fecha o hiato. O espaço entre a própria vida e o resto.
Quando não me senti assim? Não sei precisar.
Cada fase tem um nome, J, A, M, P, G, A, etc e tal. Muitos nomes para um mesmo sentir.
O que tem a ver com os homens? Talvez nada.
Talvez seja apenas um aspecto parcial da minha subjetividade. Um pouco Clarice, que prepotência, meio Virgínia, meio Katherine. Como saber?
Narro-me no intuito de desvendar-me.
Por que constatar que pensar em A é desviar do abismo que me cerca?
Parar e refletir em tudo que não era e que por ilusão fiz pensar que foi.
Será que me liam como eu era? Se meu discurso era de retração e minha ação de entrega plena?
Como alguém diz que não quer e constrói uma relação que ultrapassa o campo do amor para ir para um planejamento de futuro pleno? Assim eu fiz, uma completa contradição. Só não via quem não queria.
E a loucura de não saber o que fazer? A espera de que a força imposta pelo externo desse à relação o que seria seu caminho inevitavel , a morte.
A rota de fuga foi dele, e minha foi a incapacidade de lidar com a rejeição, mesmo sabendo que ela era imposta por uma condição doentia.
Foi, não cabe mais a mim gerir essa questão, entrego ao universo e perdoo, perdoo, perdoo, a mim, a ele e a quem não me fez entender o que comigo e com ele passava.
Mas agradeço,agradeço e agradeço a possibilidade de um amadurecimento .
segunda-feira, 4 de março de 2019
Pensar é conflitar
Mil leituras e você se descobre como todos. Neuróticos são todos iguais. Pensamentos pululam.
Os dedos guardados em anéis de força e forca para não arriscar ir onde não deve, onde os olhos podem lacrimejar, onde a ciência desconhece o antídoto mais forte.
Deixar, passar, desviar, atravessiamo o pântano das dores que maltrata a existência, deixa passar, entrega para o universo e sai para o bloco sem celular.
Entender para não repetir
Dizem que no momento que entendemos algo, aceitamos e nos respondemos o porque das coisas e deixamos essas mesmas coisas passar. Tudo passa, sabemos todos disso,mas até que passe tudo parece que nunca vai passar.
Já vivi o que vivo, já tive a mesma sensação de incompletude antes, por várias pessoas posso dizer. O que é diferente é ser pela mesma duas vezes. E o pior é a pessoa literalmente "Cagar e andar" para mim. Amélia morre de vontade de saber de João, mas prometeu que não vai buscar informações sejam elas quais forem por que João racionalmente não é para ela. Amélia disse a João que o amava, ele escutou, ouviu, percebeu e nada o fez pensar diferente. Então Amélia constatando isso não tem mais nada a fazer a não ser esperar o tempo passar e o João passar também. João tinha ficado sumido mais de 20 anos, e foi aparecer e esculhambou Amélia. Amélia tinha que viver isso. Deve ser a moira . Mas daí a João não compreender é muito. Amélia tem que perdoar João, para seguir. Ela perdoou mas porque ainda pensa nele.
No livro uma verdade que tocou Amélia lhe diz uma coisa interessante. A sua alma gêmea, se você acredita nisso, nem sempre pode viver com você, ela é que te faz acordar, ela é que te mostra quem você é e o que você precisa para ser você, te mostra seu melhor e o seu pior. No entanto, talvez fosse muito dolorido se ela ficasse.
Amélia sabe exatamente quem é João, acha que João não consegue ficar só e sabe ou intui que João a deixou porque tinha medo que ela o deixasse antes. João se entregou imediatamente a outra pessoa para não ver seu buraco. Amélia cisma com João e acha que ainda o ama, por que tem medo do vazio que pode ser deixado se não mais pensar em João?
Será isso que Amélia sente? Medo do vazio que pode aparecer se não tiver mais a cisma de João. E ele por sua vez faz o mesmo. Ocupou o lugar de Amélia para não deixar o mesmo vazio chegar. Amélia sabe que ela e João possuem a mesma carência. Que estranha a vida, por-que construir um amor que não pode ser? Para que? Talvez nunca se tenha essa resposta. Deixa ir, te perdoo, te amo, sinto muito, obrigada por me fazer ver .
Semelhanças e meras coincidências
Poucos livros apresentam personagens com os quais temos completa identificação. Certa fase da vida li um romance em que a personagem chamava-se Elisa e tinha coisas que me pareciam tocar no momento em que li, alguns pontos de fato tinham a ver, não nos acontecimentos, mas nas formas de sentir, hoje quase termino de ler o livro que virou filme , " Comer, rezar e amar" com mais de 4 milhões vendidos, nada de muita literatura, todavia a Lis personagem me fez sentir que não estou sozinha na forma como sinto e sofro. Minha mãe leu e me viu na personagem, curiosa fui ler. De fato ela sou eu, eu sou ela, no mesmo ano estávamos Itália fechadas para balanço, lutos longos, desejos loucos, questionamentos repetidos. Como pode? Talvez uma aura da época que paira por sobre nós .
E quando leio parece que eu estou ali. É vida que segue.