Tem dia que escrever é a única coisa que nos basta, ou resta, ou ao contrário, é escrevendo que se
trava a luta maior entre o santo guerreiro e o dragão da maldade. O santo se esforça para fazer você
ficar parada, na sua, sem se mexer, porque sabe que se você buscar você vai se dar mal, vai sofrer e vai atrofiar seu processo de cura. Mas
o dragão é de tal maneira forte
que te impele para aquele buraco escuro que te consome as entranhas e te faz
ter um fogo quente, que sobe pela coluna inexplicavelmente. Pelo amor esquece isso, me diz uma amiga em comum. Mas o dragão é cruel,
maltrata, tortura até não poder mais. Eu sei que é culpa minha, eu sei que eu é que
não deveria, nunca deveria, mas é como
se embebido pelo canto do dragão você se
entregasse aquela melancolia inexplicável que te brota de dentro.
Você não consegue se explicar, não consegue entender o
que te faz agir assim. Não, não é amor
isso, é algo diverso, um apego, uma sensação
esquisita no mínimo. Um torpor, que te anestesia para o todo. Que passe, que
passe, que passeeee!!!. 27/03/2019
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