Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
domingo, 19 de novembro de 2023
Tentar entender X viver
sábado, 4 de novembro de 2023
É quase tudo e mais um pouco, Fluminense campeão da libertadores.
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
capítulo 4
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
cap3
domingo, 27 de agosto de 2023
romance capitulo 2
Capitulo 2
Estava sentada a borda
cama bagunçada, num quarto que
cheirava a erva. A zona do lugar lembrava tudo que sempre foi a sua cabeça, um amontoado de pensamentos desconexos e
construções de realidade a partir
de sua própria convicção do que seria a
sua vida. Montes de roupas e
sapatos sujos pelo chão, um rak( estante de tv) em
frente a cama, cheio de papéis avulsos,
dentre eles uma passagem para o dia seguinte.
Junto a mim um ser em
movimento, que andava e
falava sem parar sobre mil coisas
de si mesmo. Fazia de mim uma escuta que não podia dar qualquer opinião sobre o que falava. Ele
não tinha mudado. Embora dissesse diferente, sua fala remetia ao que tinha vivido 5 anos
antes. Eu ouvia o ser falar, e ouvia ao mesmo tempo a minha a consciência fazendo dele
um juízo de valor e tentando
entender porque eu estava naquela caverna
sendo alvo de um bombardeio de emoções alheias a minha. As falas ouvidas tentavam dar conta de uma existência anterior.
Falas de fatos antigos, cobranças antigas, que certamente foram ressignificadas, pois fazemos isso todo tempo, a cada momento seguinte da hora em que fatos
ocorrem.
Eu não entendia e permanecia calada, com alguns suspiros pois
sabia que aquele sujeito
queria falar algo que nunca falou.
_ Eu só queria que você
esperasse um tempinho, para eu me arrumar e eu te ajudaria. Mas você me despachou, eu ia te ajudar. Escutei parada a fala.
Coloquei um chapéu na cabeça. Não
sei de quem era, estava na bagunça. Continuei
sentada. Bebia a fumava, nada que
fizesse perder a consciência, sóbria diante do sujeito empertigado que falava compulsivamente.
Quando cheguei ao recinto, não sei que
sentimentos provoquei, mas me rasgou em
elogios a ponto de eu perguntar
se não estava me colocando demais no
pedestal. Algo inalcançável. Que respeito, seria isso?? Que imagem de mim, que eu mesmo desconheço.
Com toda fala eu sempre sentada na beira da
cama, a ouvir, música maestro! Propositalmente pensei em um grupo antigo que ouvíamos . Ele procurou a música que queria e colocou. Era a que eu tinha pensado,
foi a única ação que tive.
Sentada fiquei, certa hora me
estiquei inteira na cama. Não tinha
intenção de seduzi-lo, não pensei nisso. Pensei em conversarmos sobre
política e outras coisas como
sempre fizemos junto com outros, nos últimos 5 anos. Não rolou, nem esquerda, nem direita.
Sentada eu estava na borda da
cama, perto da porta que dava para o
corredor. Uma hora ele voltou, para junto da janela onde estava.
E voltou-se de novo para mim. Veio com
olho fixo no meu, não desviei, fiquei sentada, de chapéu, e ele me beijou. Não
me movi, beijei também, ele falou algo que não ouvi, mas tinha a ver com cobrança,
não sei dizer. Depois parou a minha frente, continuei sentada, minha cabeça
a altura do seu pau. Com a boca suspendi
sua camisa. Chupei seu pau como nunca havia
feito antes. Ele falava algo, que
eu não ouvia, estava concentrada em
sentir aquela pele outra vez, ele tinha naquele momento o domínio do ser que estava sentado
na borda da cama, com seu pau na boca. Era a sua caverna, a sua cama, o seu espaço e o seu tesão, por mais
que ele estivesse ou não em outra relação, naquele momento
ele estava ali, subjulgando minha ação
para o seu prazer e subjulgado pelo prazer que sentia.
Não sei que culpas ou sentimentos ele sentiu
depois daquele dia. Talvez nada, ou talvez
o fato em si tenha descontruído
a tal narrativa construída para ficar longe. Vai saber.
Eu me atormentei, mistura de razão e sensação
desde então. Não sabia o quanto sou vulnerável
ao tesão do outro e ao meu próprio. Nessa busca de sair o tempo todo, fiquei. Tanto tempo sem saber e tanto tempo sem falar e creio que jamais
entenderei onde isso atinge. Romantizei mil coisas, confessei para mim mesmo
minha incompetência em deixar o presente
seguir sem me afetar. Sonhei, sonhei,
nem sei com o que. Estranha essa emoção . O que quero não sei, nunca soube. Continuo
dividida e na masturbação mental de não saber o que fazer com os sentimentos
que tenho. Pergunto-me se todo mundo é assim e só disfarçam o que
sentem.
Romance- Cap- 1
Capítulo 1
Ainda sem nome
este que se inicia. Ainda sem saber bem o que será, mas a
estrutura pode ser descrita como romance. Talvez não seja a
trajetória do herói de mil faces, a moda J.Campbel, ou somente o
dia, ou quem diria o percurso de um personagem invisível na sua
presente idade.
Esse
personagem certamente não terá um único nome porque não se identifica com um.
Pode ser vários seus nomes. No entanto, ele tem uma preocupação que
se reflete na sua vida cotidiana e o o faz sofrer. Seu
passado não o deixa em paz, ele não consegue simplesmente dar um novo
rumo ao seu estado de inércia diante da vida. A inércia, o
comove e não o move. Ele sente a angústia do existir que lhe
tira o sono e aperta o estômago a cada vez que recebe informações
que se confrontam com um passado que ele desconhece.
Sem
saber ao certo o que sente tudo parece se confundir na sua mente o
fazendo uma espécie de autômato na própria vida. Ele ou ela,
tanto faz, personagem é pessoa e embora não importe o gênero,
pressupõem-se que sejam todos iguais os sentimentos das
pessoas, independente de gênero. Por isso, as vezes ele ou
ela ou e/la/le e o que mais vier se confundam no estado do
sentir. Todavia mesmo com a confusão de quem ser o
personagem, pode ser que o que predomine seja o ela.
Diante
da existência então tão tumultuada no século XXI, mas que se
iniciou no século XX, ela vive a idade que lhe soa melhor.
Melhor não dizer quantos anos tem, se isso pouco importa a não ser pela
maturidade que a idade dá. Todavia, certas coisas que vê se chocam
com o seu estado de calmaria, já não é preciso arrebentar
a porta e se fazer ver.
_ Não quero
publicidade, me incomodam os galhardetes virtuais dizendo o que faço,
onde estou, por que estou ali.
Isso ela diz, mas
gosta sempre de fiscalizar a vida de quem ali aparece. Serve para isso
a rede social. Quando não se tem mensagem ou o que dizer, funciona bem
como rede de fofoca, para se ver tudo que a pessoa não é. Sintomático
quando alguns postam a vida que queriam ter, e não a vida que
possuem. Muito dinheiro tem sido ganho com isso. Passeios
também, a hora é do influenciador digital. Será que de fato ajuda
alavancar alguma coisa.
Mas não é isso que
faz a personagem, ela escreve, escreve sobre tudo, até sobre
si mesmo, o que não deixa de ser incomum. Num mundo lotado de
opções e referências quem quer saber da vida de um sujeito
comum, um sujeito invisível nos seus 50 anos de vida.
Não foi sempre invisível, já
foi bastante visto durante meio século. Acontece que agora a sensação é
diferente, tudo muda quando se chega aos 50. Mulheres com mais certeza
tem seu estado físico transformado, seu sentir diferenciado, seu
comportamento mudado sem se saber porque. Permanecer no mesmo ritmo a
vida toda, não faria nenhum sentido.
Assim também não faria
sentido se ficar todo o tempo fazendo as mesmas coisas
toda vida.
Mas o que fazer no
presente, para a construção de um bem viver, de um não sentir-se
incomodar pelas atitudes do outro. Chegamos ao outro que não conhecemos
de verdade apesar de muito tentar descobrir.
O outro, esse ser enigmático
que jamais poderemos saber o que é. Que habita em cada um que não é
o eu mesmo. O que vemos dele é o que ele mostra e não o
verdadeiro eu. E como nem todo mundo tem a perspicácia de um psicólogo, o
outro fica de verdade escondido, camuflado a vida inteira, pelo menos
para mim.
Sou um narrador
intermitente, quero narrar o presente, pois o passado me enche a porra do saco,
e nada poderá mudá-lo, o que muda é o presente, isso que também já
foi nesse exato momento em que escrevo. E o que virá é o futuro que
não sei, é o silencio que se impõe, hora a hora, até o silêncio eterno,
quando não mais se terá voz, tato, preocupação. É assim que o narrador
se sente, inútil na existência. Em busca de uma
motivação, de um espaço de escrita, em busca de sentidos para escrever Só
a escrita viverá e permanecerá na imagem de cada um que
lê o que foi escrito.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
Passado que atormenta
Presos ao Passado
domingo, 23 de julho de 2023
Domingo
Véspera de segunda, recomeço do trabalho. Mesmo que sem os principais da história, os alunos, retomo com as invenções de semanas acadêmicas de gosto duvidoso. Cada dia mais parece que as empresas querem que o professor seja igual aos outros empregados, 40 horas sentado num banco olhando as palestras que nos professam. Esquecem que o preparo das aulas demanda muito mais que uma semana, que é dia a dia, com bibliografias, com exercícios, com invenções didáticas que cada um faz de acordo com sua própria metodologia.
Cada professor constrói seu método, sua forma particular de ministrar seu conteúdo, não há uma única forma, não há metodologia ativa vinda de fora, que vai mudar isso. Muitas empresas agora vendem uma espécie de fórmula tipo: aprendizagem por projeto, por estudo de caso, tudo balela, que não pensa no que é o discente brasileiro, que não pensa na diferença entre os curso e habilidades. No entanto, depois de comprar seus pacotes fechados os gestores nos impõem os modelos sem considerar a especificidade de cada coisa. Não sei onde vamos... Sei que com isso cada dia os professores tem mais trabalho bruto e os alunos menos sabem... O que virá...
sábado, 22 de julho de 2023
Ilha
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Mulheres avante!!
A guerra entre o dragão da emoção e a medida da razão
terça-feira, 18 de julho de 2023
Vale do amor,o que vale no amor?
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Só sei que foi assim
E foi mesmo! Não mexi, não seduzi, não falei, não tinha intenção de fazê-lo. Era a primeira vez que depois de anos ficamos a sós conversando. Não, talvez pudesse ser dialogo, não foi, ou muito pouco foi. Ele monologando com sua própria consciência, fala, fala e fala. Bebemos, fumamos e bebemos e fumamos, não muito 2 garrafas de cerveja, meio copo de vinho, uma pizza. Não sei se achava que eu não ia a sua caverna. Eu chamei para minha antes, na certeza de que na ultima hora não iria e nem sairia. Mas me chamou, sem fazer nada eu fui.
Muitas falas, música velha, pediu sugestão, falei um grupo, ele colocou a música que pensei do grupo. Casa bagunçada, mas na sua caverna o primata se sente seguro. Pode comandar, pode ser o que sempre foi.
Estranho, no meio do nada, atravessou na minha frente parou, de propósito colocou seus olhos em frente ao meu, eu não recuei, mantive o olhar, disse algo como cobrança, não escutei, pois ele falava para si mesmo. Depois saiu, voltou, parou na frente, não olhei para cima. Ele em pé eu sentada, ele na minha frente. Encostei meu rosto na sua barriga levantei com dente sua camisa e.eu tinha um chapéu na cabeça.
Dava tudo para saber o que pensou. Certamente diz para si mesmo que estava chapado. As pessoas são estranhas...