domingo, 4 de agosto de 2024

O sol vai voltar amanhã

Prestes a escrever o telefone tocou. Interrupção de tudo, deixo a ligação falando entro no banho, falando, saio falando. Esqueço o que queria escrever, para o bem ou mal. Tanto  faz, quem lê?    Talvez eu mesmo no futuro quando quiser remeter algo que pensei e falei.  Foi o que fiz hoje.  Depois de uma fala minha e de uma amiga lembrei de um texto. O famoso caderninho das Exs, tática velha ressuscitada por alguns  e mais fácil em tempo de rede social.  Sim, mais fácil encontrar quem você não vê a trinta anos e retomar algo que ficou  resolvido ou não. Embora tenha gente  que vem Reeditando toda lista. Aff!! Só  Freud na causa.
Mas me surpreendi com o texto de 2019. Ainda mais surpresa  fico, quando releio e pergunto como eu escrevi isso naquele momento?
Acho que é como um transe.  A mão ligada ao cérebro,automática,  escreve direto sem passar pelo crivo da razão E DESPEJA, ali  talvez coisas que seu inconsciente fala e que sua razão não deixa você ver.
Eu não sou Psicóloga,  jamais seria . Mas me surpreende esse mecanismo.
Todavia , pensando bem ele faz bem para mim. Expurgo os sentimentos, as razões que escondo de mim e que  ficam escondidas até quando eu me releio.  O que é difícil eu fazer. Por isso, as vezes os textos tem pequenos erros de digitação.  Difícil ainda mais se pego os cadernos escritos a mão.  Tem ali kilos de emoções desconhecidas que saíram de mim.
Como assim?  Mas é assim,  grito para  eu e meu eu interno escutar. Certos  cadernos se torcer sai lágrima. 
Quem sabe um dia, quando o tempo da sobrevivência permitir eu possa rele-los  traduzi-los,  editá-los.  Vai que   um século depois, se sobreviverem nestes que leram palavras eles possam despertar a curiosidade de alguém.





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