quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Fabulação criativa

Princípio de vida em que se cria a história que se quer, ou melhor, aquilo que vai além do documentário e da ficção.
Sei -lá,  pode ser tudo e pode ser nada.
O fato é que depois de tanta fala o que sobra mesmo para entendermos as imagens são exatamente as não imagens.
As ausências, o que importa hoje é a história que não foi contada, a pessoa que não estava na self.   Tudo aquilo que  ficou para ser dito e que de repente nunca o será.
O filme é isso, ou é aquilo. O desconexo dos vocábulos nos diz  o Que?
As imagens ausentes nos dizem o Que? 
Na lógica diria se não tem imagens,  não perderei meu tempo pensando sobre isso.
Mas, mas, ...
É muito difícil para quem tá acostumado a não ver o óbvio, que ele ali está.
A ausência da discussão faz pensar  mais do que a própria discussão.
Se aquilo que interpela  pára de interpelar , você de repente começa a ver que   certas interpelações  em vez de te ajudar te atrapalhavam.
Como  não se sentir em conflito se na ausência de algo você sofria e na presença sofria ainda mais , por achar que o que fazia era errado e que vc não deveria gostar do que gostava?
Fico pensando na dor de alguém que ama algo mas que não pode estar com esse algo. E o conflito interno que isso gera.
Conflito interno, querer algo que vc não poderia querer.   Mas a proibição não é endógena e sim exógena.
Simples assim. Você devia ter luz e coragem  de mandar a puta que pariu , todo aquele tem a  solução para a vida dos outros, enquanto a sua própria  vira e mexe é o caos.
Simples assim, meio século é Muito, ou manda a merda agora ou só na outra encarnação. Ciclos usados , ciclos fechados. Se nada se tem,  nada se perde.
Então, o máximo  é continuar o que já está. Sem construção de memórias ou histórias.
Mas e o confronto?  E o rejeito?
Viver é complicado, quero férias.  Não dou conta.

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