Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Tudo e um pouco mais- devem ser os astros
Sol no meu mapa, vênus no meu mapa e tudo muito complexo.
Ontem eu escrevia em papel, hoje volto ao digital para ter mais facilidade e possibilidades.
Enfrentar reuniões nunca foi o forte, não deve ser de ninguém, ainda mais quando a reunião é para te dizer, estamos fudidos e meio e nada nos será pago por isso.
Ou seja, puta e putos já somos faz tempo e ainda sem pagamento condizente.
Saio com a cabeça quente tenho vontade de dividir os dilemas com alguém que ouça e que fale que tudo vai melhorar no país, mas esse alguém não existe. Nem no real nem na ficção.
Minha impossibilidade de criar um personagem que de conta de me ouvir é a constatação mais árdua.
Folheio páginas do facebook, ou melhor, passo a timeline e nada sobrevive a mediocridade do momento.
Onde vamos parar? leio uma matéria sobre morar em Portugal e me decepciono com a falta de cordialidade e falta de noção das pessoas que comentam. Caralho, onde vamos parar? As pessoas perderam o senso. Saem agredindo quem não conhecem e se julgam as corretíssimas do pedaço.
O que será da humanidade? Será que teremos que viver uma nova hecatombe para começar do zero?
Estou desesperançosa, minha vontade é de ficar em casa e não mais sair.
Penso em plano B, C, D, E , porra! eu tenho dois empregos e estou assim , imagino quem não tem nenhum?
O que fizeram com o país em 2 anos ? E ainda tem gente que diz que isso é fruto dos 12 de prosperidade.
Pergunto-me como alguém ainda consegue pensar assim. Ora, estávamos bem, até que resolvem tirar uma presidente eleita e colocar essa múmia comprometida até o fio de cabelo. Mas cadê o povo, esse que dorme, esse que trabalha duro para se manter vivo e dar riqueza para uma elite que só extorque.
Problemas do país misturados aos meus de toda ordem.
Não eu não tenho problemas, será isso a negação, se todos tem eu devo ter.
Liberei-me da terapia pelo simples fato de não ter como pagar e por achar que estava algo emperrado no propósito a que se devia.
E também quase 10 anos é muito para eu continuar com as mesmas coisas de sempre.
O que descobri é o que agora verei, porque no curso talvez nada se veja de verdade.
O fato é que meio século é muito, e sentir meio século como se tivesse as mesmas coisas de 30 ou 20, é porque tem algo errado.
Descobrir a mim e descobrir o que farei , por diante. Diante da privada que se tornou a área de trabalho, resta fazer algo que possa realmente me fazer a subsistência.
Desapego, exercito, mas não é por isso que vou perder o que posso manter, pois se não terei que comprar de novo.
Desapegar não é destruir o que se tem, para ter que comprar outra vez, isso para mim é burrice.
Tenho um barco que preciso vender para investir em outra coisa.
Esse filho trabalhoso, motivo de brigas e desilusões já cumpriu sua função na minha vida, precisa partir. Já me mostrou que não adianta querer ajudar quem não quer de verdade . Me mostrou que tem pessoas falsas demais no mundo, pessoas que usam as outras desmedidamente para seu próprio bem e nada sentem por isso, que tem pessoas que são tão frágeis, que desmoronam com um sopro e até com um beijo que visava fortalecê-la, tem pessoas que querem sair de onde se encontram mas estão tão adoecidas, sem se dar conta, que não conseguem e fogem deixando para trás todo um lastro de coisas pendentes, que não conseguiram jamais esquecer.
As vezes eu esqueço que tenho essa história, que tenho esse objeto grande e valioso que só me dá despesa.
Queria acordar um dia e lembrar que ele foi vendido e sumiu.
Queria acordar um dia e ver que tudo cresceu, que minha profissão foi valorizada e eu não ganho hoje o mesmo que a 18 anos atrás.
Queria acordar sem ter que começar a pensar numa outra alternativa para ganhar a vida, pois que essa está se findando.
E aí o que fazer?
Tenho saudade de um mundo luminoso e alegre de possibilidades sem fim, de raios de luz quentinhos sobre as nossas cabeças.
Sei que misturei tudo, mas é assim que me sinto, um misto de tudo, algo achatada em tudo, um rolo compressor me pegou pelo caminho.
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