Fui hoje na casa da ML , que nasceu João e mudou. Opção difícil isso lá nos anos 70 talvez. ML foi para Paris e lá fez sua vida. Conheceu muita gente, voltou para cá com o marido que aqui a deixou. Mas ML não desistiu ,criou seu negócio aqui e vive dele, embora agora arrendado.
Na sua casa conheci X, que também mora na França, X me conta que viveu 42 anos com seu marido francês. Que quando eles compraram aqui no Brasil um terreno para quando se aposentassem ficassem lá e cá, o marido aposentou e ficou doente. Um câncer que durou 6 anos até leva-lo definitivamente.
X e ML me falam, num país machista como aqui, uma mulher que é independente e com certo nível cultural tem muita dificuldade de arrumar um parceiro.
Logo eles não aceitam e se sentem inferiores, e não conseguem conviver com isso.
Isso é uma questão cultural , e eles não conseguem ser, se não for dentro de um padrão antigo construído por família etc, eles não entendem que não é isso que vai medir o tamanho da parceria, da entrega e do amor e disponibilidade de estar junto. Não se trata de ser o cara dependente da mulher, lógico que isso é algo de outra ordem. É de deixar de ser machista e caminhar junto ao lado, cada um sendo o que é.
Porque também depender do outro causa uma inferioridade que não é boa. Mas cada um colaborando com sua parte formando o todo.
X me conta de sua vida de 42 anos e me fala da parceria e do chão que perdeu e que agora vive o presente. Não deixa para ser feliz amanhã. Pois esse é vago pode não chegar.
Contei-lhes do meu momento, quero eu também chegar aos 60, daqui a 10, entendendo isso. Talvez seja nesse meio de vida que temos que nos refazer sabendo que o caminho é o do meio. Sabendo o que queremos e valorizando o que merece esse valor. Pessoas que merecem estar ao nosso lado e que queremos que estejam.
Nesse momento já podemos avaliar quem vale ou não.
E se achamos que vale , que lutemos por isso.
Saber pelo que se luta, e porque ,ou por quem se luta.
Mas o problema é quando esse quem não está na mesma vibe.
Que fazermos? Como fazermos? Agimos ou paralizamos?
As vezes nos impõe desistir mesmo sem querer.
Mas a conversa valeu, valeu muito.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
domingo, 17 de dezembro de 2017
Aprendendo com a vida, aula de vida
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