domingo, 17 de dezembro de 2017

Aprendendo com a vida, aula de vida

Fui hoje na casa da ML , que nasceu  João e mudou. Opção difícil isso lá nos anos 70 talvez. ML foi para  Paris e lá fez sua vida. Conheceu muita gente,   voltou para cá com o marido que aqui a deixou. Mas ML não desistiu ,criou seu negócio aqui e vive dele, embora agora arrendado.
Na sua casa conheci X,  que também mora na França,  X me conta que viveu 42 anos com seu marido  francês.  Que quando eles compraram aqui no Brasil um terreno para quando se aposentassem ficassem lá e cá,  o marido aposentou e ficou doente.  Um câncer que durou 6 anos até leva-lo definitivamente.
X e ML me falam, num país machista como aqui, uma mulher que é independente e com certo nível cultural tem muita dificuldade de arrumar um parceiro.
Logo eles não aceitam e se sentem inferiores,  e não conseguem conviver com isso. 
Isso é uma questão cultural , e  eles não conseguem ser,  se não for dentro de um padrão antigo construído por família etc,  eles não entendem que não é isso que vai medir o tamanho da   parceria,   da entrega e do amor e disponibilidade de estar junto.  Não se trata de ser o cara dependente da mulher,  lógico que isso é algo  de outra ordem.  É de deixar de ser machista e caminhar junto ao lado, cada um sendo  o que é.
Porque também depender do outro causa uma inferioridade que não é boa. Mas cada um colaborando com sua parte formando o todo.
X me conta de sua vida de 42 anos e me fala da parceria e do chão que perdeu e que agora vive o presente.  Não deixa para ser feliz amanhã.  Pois esse é vago pode não chegar.
Contei-lhes do meu momento, quero eu também chegar aos 60, daqui a 10,  entendendo isso.  Talvez seja nesse meio de vida que temos que nos refazer sabendo que o caminho é o do meio. Sabendo o que queremos e valorizando o que merece esse valor. Pessoas que merecem estar ao nosso lado e que queremos que estejam.
Nesse momento já podemos avaliar quem  vale ou não.
E se achamos que vale , que lutemos por isso.
Saber pelo que se luta, e porque ,ou por quem se luta.
Mas o problema é quando esse quem não está na mesma vibe.
Que fazermos?  Como fazermos?  Agimos ou paralizamos?
As vezes nos impõe desistir mesmo sem querer.
Mas a conversa valeu, valeu muito.

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