Lembranças que detonam lembranças e partindo delas ressignificamos e entendemos um pouco mais a vida.
Em 2016, conversando com uma amiga querida ela me indicou um livro do monge beneditino Ancelm Grün. Hoje ouvindo a Monja Coen ela também falou dele.
Olho e vejo o livro sobre a mesa da televisão por pelo menos uns 5 meses. Eu comprei o livro para dar de presente para uma pessoa, eu li e dei, mas a pessoa que eu achei que deveria ler na época nem sei se leu ou leu poucas coisas, pois talvez não conseguisse ir adiante.
Penso em como muitas vezes nos esforçamos para fazer as pessoas acordarem e elas não acordam.
Muitas vezes somos tão preocupados com pessoas que amamos, que nós nos empenhamos em tentar ajudar a todo custo, nos esforçamos, compramos livros, oferecemos estudo, oferecemos possibilidades, amor , apoio, compreensão e no final vemos que nada disso adianta se a pessoa não está disposta a se ver.
Então você começa a reparar que as pessoas na vida estão tão presas e amarradas a determinadas coisas que esquecem mesmo de viver, de dar chance as coisas boas da vida, reclamam de liberdade mas esquecem que esta está atrelada a responsabilidade por si mesmo. E se estão doentes e não aceitam ainda mais se acorrentam sem conseguir sair.
Determinados modelos culturais são tão arraigados que as vezes terminam por fazer sofrer, em vez de ajudar a viver.
Daí vemos que cada dia mais jovens se deprimem porque tem que cumprir as metas que os pais e a família traçaram para eles, e se eles fogem um pouco são sacrificados pelo grupo. Não vistos, vistos como falidos, como indisciplinados. E o pior é que muitas famílias acreditam que assim ajudam.
É o que ocorre diz o monge , e afirma que serão pessoas sem vida e correm o risco de quando se derem conta ser tarde.
O Saramago fala que nunca vivemos um momento como esse, que estamos na caverna de Platão. No escuro com apenas um nesga de luz.
Mas existe esperança? Pode ser que sim se de verdade encararmos a nós mesmos, as
nossas dores e desejos sem preconceito.
E aí o ditado é certo, as pessoas só mudam se quiserem, se acordarem para isso e se não quiserem viver no auto engano a vida toda.
E quem tá do lado as vezes acaba também sofrendo quando vê que tentou e não adiantou, que se empenhou e não adiantou e que fez tudo que podia e não foi visto. Restará então a certeza de ter tentado.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quarta-feira, 18 de abril de 2018
De tudo um pouco e um pouco mais
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