quarta-feira, 18 de abril de 2018

De tudo um pouco e um pouco mais

Lembranças  que detonam lembranças e partindo  delas ressignificamos e entendemos  um pouco mais a vida.
Em 2016, conversando com uma amiga querida ela me indicou  um livro  do monge  beneditino Ancelm Grün. Hoje ouvindo a Monja Coen ela também  falou dele.
Olho e vejo o livro sobre a mesa da televisão  por pelo menos uns 5 meses.  Eu comprei o livro para dar de presente  para uma pessoa, eu  li e dei, mas a pessoa que eu achei que deveria ler na época  nem sei se leu ou leu poucas coisas, pois talvez não  conseguisse ir adiante.
Penso em como  muitas vezes nos esforçamos  para fazer as pessoas acordarem e  elas não  acordam. 
Muitas vezes somos tão  preocupados com  pessoas que amamos, que  nós  nos empenhamos em tentar  ajudar  a todo custo, nos esforçamos,  compramos livros, oferecemos estudo, oferecemos possibilidades, amor , apoio, compreensão e no final vemos que nada disso adianta se a pessoa  não  está  disposta a se ver.
Então  você  começa  a reparar que as pessoas  na vida estão  tão  presas e amarradas a determinadas coisas que  esquecem  mesmo de viver, de dar chance as coisas boas da vida, reclamam de liberdade mas esquecem que esta  está  atrelada a responsabilidade por si mesmo. E se estão doentes e não  aceitam ainda mais se acorrentam sem conseguir sair.
Determinados modelos culturais são  tão  arraigados  que  as vezes terminam por fazer sofrer, em  vez de ajudar  a viver.
Daí  vemos que cada dia mais  jovens se deprimem porque tem que cumprir as metas que os pais e a família traçaram  para eles,  e se eles fogem um pouco são  sacrificados pelo grupo. Não vistos,  vistos como falidos, como  indisciplinados.  E o pior é  que muitas famílias acreditam que assim ajudam.
É o que ocorre diz o monge , e afirma que serão pessoas  sem vida e  correm o risco  de quando se derem conta  ser tarde.
O Saramago  fala  que nunca vivemos um momento  como esse, que estamos na caverna de Platão.  No escuro com apenas  um  nesga de luz.
Mas existe esperança? Pode ser que sim se de verdade encararmos a nós  mesmos, as
nossas dores e desejos sem preconceito.
E aí o ditado é  certo,  as pessoas só  mudam se quiserem, se acordarem para isso  e se não  quiserem viver no auto engano a vida toda.
E quem tá  do lado as vezes acaba  também  sofrendo quando vê  que tentou e não  adiantou, que  se empenhou e não  adiantou e que fez tudo que podia e não  foi visto.  Restará  então a certeza de ter tentado.

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