quinta-feira, 12 de abril de 2018

Poematizando

                                 I

Era abril,
Não  foi despedaçado.
Mas era 8/4/88.
Eram de 4/68 e 8/68
Depois foi de novo abril, 2014.
Será  que sempre será  abril?
2018,  em abril fez 30 anos.

                                  Il
Em  tempo, nosso tempo foi marcado.
Mas o que é  o tempo?
Quanto tempo se espera? ou quanto tempo se é  possível esperar?
Se espera o tempo que o tempo tem para te esperar.
Quando, não  sei. Se virá  também  não Sei.   
Só  sei que o desconexo das razões podem ultrapassar  aquilo que ficou tão  guardado que não  conseguiu ser pelo tempo apagado.

                             III
E como não  se apaga de todo  o sempre fica sempre a sensação  de não  ter sido.
Empolga saudades da ilusão.
Maltrata o coração.
Mas não  dá  o braço a torcer.

                              IV

Procurado :
Diz que não  sei.
Diz que não  entende e não  pode.
Ou finge não  saber?

                               V

Se pergunta pelo A
Responde pelo B
Se não  pergunta
Responde o que  passa na cabeça.

                              VI
Se ouve que ainda te amam
Finge que não  ouviu
Responde que a paz o acompanha
Que a tranquilidade o atingiu
Que está deixando o outro viver a vida

                             VIII

Força  do vocábulo ?
Deixar o outro viver
Tem posse para deixar?
Como  alguém pode achar que alguém  tem poder para deixar o outro viver?
Melhor seria responder:
Estou vivendo.

                             IX
Capítulo semi final, semi temporal
Se tudo já  disse
Se tudo foi dito
Se tudo  ficou às  claras
Que mais se pode fazer?

                             X
NADA esperar
NADA,
esperar
Desconectar
Desentubar
Desamar
Somente o tempo, sábio senhor das angústias  será  capaz de eternizar.
Fiz tudo que podia
Dei, amei, resgatei, cuidei, declarei
Se  os ouvidos estão  com cera,
Se o orgulho e a vergonha  são  maiores que o amor, nada mais se pode fazer.
Termino com o começo. 
Toda espera tem tempo. Mas quanto tempo o tempo  tem.

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