segunda-feira, 2 de abril de 2018

Tropicalia

É  proibido proibir...
Demoramos muito  para ser livres, se é  que de fato  somos, então  por que proibir, por que cercear a vontade de falar e expressar o que se sente.  Poderiam dizer - para não  ferir o outro, mas quando se fala de si mesmo é  possível ferir  o outro?
"Eu quis cantar minha canção  iluminada de sol " ,  e como  o outro invade a nossa essência e se fere com ela e tem raiva dela e se descabela  por ela.
Mas e "se o oceano incendiar, e se cair neve no sertão" e se eu pedir para atravessar a ponte, vem ou fica?  O que de verdade importou?  E por que fostes? E não  quer voltar, por que não  esquece e atravessa a ponte  sem olhar para os lados. O que temes? O que pode acontecer que já  não  conheces?
Se ficou,  foi porque  ambos  quisemos. "Necessidade vontade!" Mas e quando um não  quer mais?
O que isso  pode representar?
E se , e se pedir, e se tentar, e se sonhar, e se recomeçar, e se experimentar?
"Ora ora pro nobis" -  queremos ser livres e nos prendemos  às  convenções, às opiniões de outros, às  palavras ditas  sem conhecimento de causa que nos limitam o potencial. E pior , nos prendemos   ao orgulho. É no fim  " desilusão, danço  eu dança você  na rota da solidão".
Ou não, eu danço. Mas o outro não  sei.
Eu  não  pretendo  DR, nem nada, só  queria estar.  Ter uma  possibilidade de fazer diferente, onde o ego mais consciente não  interferiria. Eu não  sei como é.  Jamais fiz  MAS  o outro já.  Acho que intempestivamente muitas vezes.
Em Londres  tudo que é  tropical é  exótico,  é  possível  hoje, quanto mais em 68.
Somos do ano que não terminou, temos mais em comum do que a vã  literatura pode supor.
O que fazer? esperar aprontar  ou tentar comprar pronto.
Não  tenho ideia  do que pode ou não, mas sei que eu não  quero mais ser o que fui, nem sentir o que me torturaVa que fazia parte  de mim mesmo e não  tinha NADA  com o outro.  Ah se outro soubesse e aceitasse que tudo  de mim mudou. Mas  e se o outro  não  quer?

Fazer o Que? Talvez esperar um pouco mais para falar. 

LONDON LONDON...

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