É proibido proibir...
Demoramos muito para ser livres, se é que de fato somos, então por que proibir, por que cercear a vontade de falar e expressar o que se sente. Poderiam dizer - para não ferir o outro, mas quando se fala de si mesmo é possível ferir o outro?
"Eu quis cantar minha canção iluminada de sol " , e como o outro invade a nossa essência e se fere com ela e tem raiva dela e se descabela por ela.
Mas e "se o oceano incendiar, e se cair neve no sertão" e se eu pedir para atravessar a ponte, vem ou fica? O que de verdade importou? E por que fostes? E não quer voltar, por que não esquece e atravessa a ponte sem olhar para os lados. O que temes? O que pode acontecer que já não conheces?
Se ficou, foi porque ambos quisemos. "Necessidade vontade!" Mas e quando um não quer mais?
O que isso pode representar?
E se , e se pedir, e se tentar, e se sonhar, e se recomeçar, e se experimentar?
"Ora ora pro nobis" - queremos ser livres e nos prendemos às convenções, às opiniões de outros, às palavras ditas sem conhecimento de causa que nos limitam o potencial. E pior , nos prendemos ao orgulho. É no fim " desilusão, danço eu dança você na rota da solidão".
Ou não, eu danço. Mas o outro não sei.
Eu não pretendo DR, nem nada, só queria estar. Ter uma possibilidade de fazer diferente, onde o ego mais consciente não interferiria. Eu não sei como é. Jamais fiz MAS o outro já. Acho que intempestivamente muitas vezes.
Em Londres tudo que é tropical é exótico, é possível hoje, quanto mais em 68.
Somos do ano que não terminou, temos mais em comum do que a vã literatura pode supor.
O que fazer? esperar aprontar ou tentar comprar pronto.
Não tenho ideia do que pode ou não, mas sei que eu não quero mais ser o que fui, nem sentir o que me torturaVa que fazia parte de mim mesmo e não tinha NADA com o outro. Ah se outro soubesse e aceitasse que tudo de mim mudou. Mas e se o outro não quer?
Fazer o Que? Talvez esperar um pouco mais para falar.
LONDON LONDON...
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