Se a cada dia escrevo mais um capítulo , o relógio do tempo nos diz, menos um, menos um. Essa é a cena de Abril despedaçado, o filme.
E na vida é igual ao filme.
Cada dia é menos um dia da existência, da espera ou seria desesperança? Esperamos ou não?
Às interrogações respondemos com a simples passividade da calma, da tranquilidade de ser.
Mas quem é assim? Eu? Impossível. Se fosse não estaria nessa infinita construção de meus capítulos, nem com um vidro inteiro do mais popular tarja preta.
Se me acalma entrar na elocubração das palavras, no labirinto das ideias, para sentir certa paz, por outro lado esse mesmo tempo vai passando e correndo e voando e deixando todas as repetições para trás. Abro o mapa dos escritos e me deparo com um de 8 anos atrás e parece que falo de hoje. Me assusto com a leitura que fiz do homem da vez,que parece é sempre o mesmo. Me desequilíbrio porque de fato acho que mesma é sempre a minha leitura. Não haveriam dois homens iguais ou será que todos que vieram depois dos 20 anos eram uma espécie dele mesmo, aquele dos 20?
E eu busquei ele todo tempo inconscientemente.
Tô viajando eu bem sei. Parece roteiro de filme. O filme da minha vida com aquela única paixão que tive.
Não creio que ainda terei mais alguma. Nem sei se quero. Entendo agora distanciada o que a vida toda escutei dizerem da dificuldade de ultrapassar uma paixão dessa monta. Você ultrapassa ela dando uma rasteira, mas quando ela se levanta ela te cobra o tempo lá detrás que certamente você não mais terá. Por isso talvez muita gente permaneça junto apesar de.
Para que serve isso tudo? De novo para tomar consciência de que não tem nada a fazer?
Ter ciência de sua impotência diante do assunto denominado amor.
Falo demais tudo que não consigo entender e que tenho dificuldade de aceitar. Mas, com dificuldade ou não, terei que entubar mais essa.
Falei hoje mais uma vez , mas de fato falei por voz e não escrevi.
Bem, diante de um término aos 50 que equivale a um aos 20, igual em sua forma, que traz um desconforto o que se faz. NADA.
Como sempre, fiz tudo que dependia de mim. Falei, mostrei, abri meu coração, minha dor, minha intenção. Agora só resta sair. Deixar o tempo passar. Se nada tenho mais a fazer para convencer, tudo foi feito. Não depende mais de mim a conclusão da história. Cabe ao plano astral. As energias foram lançadas agora já não me cabe. Que seja feito o que for.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Mais um capítulo
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