sábado, 31 de março de 2018

A impermanência das coisas e sua energia

Viver ultrapassa qualquer entendimento, me diria minha amiga Clarice L. Admirada por mim e por muitos.
Em sua forma de ver encontro subsídio para compreender e seguir adiante.
Todavia as perguntas sempre estarão ali,independentemente das respostas que ouvimos ou que tentamos encaixar na nossa  alucinada tentativa de entender.
As pessoas no nosso caminho surgem e desaparecem  com a mesma intensidade, sem um propósito que nos seja claro.
Para que te procuram? Por que você tem que passar por determinadas coisas com alguém que surge para depois a pessoa simplesmente sumir  de novo.
É quando você impacta muito mais na vida dela do que ela na sua?
É quando você entra na vida do outro porque ele foi até você e sai porque ele não tem maturidade  para ficar.
Ou seja, a pessoa te procura, te convence e depois pica a mula e você fica com o pepino para torcer.
Você se pergunta o que fazer , como fazer?
Às vezes você sente raiva de si mesmo de ter se deixado envolver sem se dar conta de que o outro te iria falhar.
Como você foi tão inocente, tão cego diante das coisas. Mas você tem que se perdoar,  não fez por mal. Fez por amar e não conseguir dizer não. Fez porque o outro não admitia você fazer diferente.
E você cedia a ele sempre.  E ele   ainda acha que cedia a você.
Sabe quando você fala para a pessoa fazer diferente do que ela tá fazendo e ela não faz e depois vem dizendo que  fez o que você queria,fez para te agradar e não se dá conta de que tá agindo errado. Tá projetando no outro suas coisas.
Mas que fazer com pessoas assim? Eis a pergunta.
No fim elas não conseguirão dar conta de si, porque seu eu é projeção no outro.
Elas acusarão outro pelo seu sofrimento e fugirão. E o que fazer?
Como resolver o pepino? Você tenta,tenta e nada.
Se sente  inepta para fazer. Mas precisa resolver. Como?
E o sentimento vai escapando. Tudo sendo jogado de lado, tudo como se nunca tivesse visto. A pessoa se coloca na maior caverna escura para você não ver e nem ela tampouco.
Fácil resolver a vida assim, sem ser consciente do que deixa pelo caminho. Sem dar uma força a quem ficou para resolver o que você deixou para trás.
E assim  talvez achem que tão te fazendo bem. Ou  seja,  fácil  a irresponsabilidade para quem vai  e complexa  a responsabilidade para quem fica apagando os incêndios cheios de foco.
Mas vamos lá, um dia o fogo morre de vez e sua consciência se fez e você agradece ter tido o tranco que te fez ser ciente e consciente de si mesmo. Segue adiante com pena porque você foi e olha para trás e vê que o outro estacionou.

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