Uma semana sem conversa, sem briga ou desaforos do tipo -está jogando na cara. E ao que se chegou? Muitas análises feitas , analisar é fragmentação para reconstrução, pelo menos de sentido.
Mas que análises nos intrigam? Aquelas que vem de fora ou as de dentro.
Se converso com alguns sobre os fatos, o que é natural da minha parte, pelo menos na tentativa de expurgar, vejo que a visão das pessoas diante de fatos tão reais é assustadora. Ninguém entende tudo que fiz. As pessoas são mais racionais que eu, concluo. Todos dizem : se não é para somar em tudo não se justifica. Fico perplexa ao ouvir todos me chamando de louca diante de tudo que ouvem. E isso é generalizado. Só não acha quem não sabe os fatos verdadeiros ou se ouve pela metade.
A grande questão que se impõe agora é , e Eu.
No contexto geral, racionalmente, se minha visão não é absurdamente parcial , vejo o que perdemos. Olho o outro, vejo que talvez não tenha perdido, pois pouco investiu. Economicamente zero,
emocionalmente talvez perto disso. Me dizia que tinha perdido muito, pois perdeu o sonho. Mas que sonho que ele mesmo não se empenhou na hora certa para realizar.
Quem engorda o sonho e o realiza é seu dono.
Tudo isso fruto obviamente de um processo doentio que o indivíduo doente não se deu conta. Ou se deu por momentos ,mas não acreditou.
E a vida seguiu.
Quando fui ontem ao espaço marítimo me dei conta do quanto, ele foi abandonado por quem deveria cuida-lo.
Tanta vergonha hoje se justifica, entendo agora o tamanho da perda dele e da minha também.
Estar lá, me fez ver que a falta de coragem dele em estar comigo , tem o tamanho da vergonha que sente por ter deixado tudo de lado e por ter sido teimoso,prepotente, e incompetente.
Não é que não goste de mim, mas não consegue me encarar depois que se deu conta de tudo que fez.
Creio que se fosse avestruz estaria com a cabeça dentro do buraco até o fim dos tempos.
E eu não posso diante disso fazer nada. Eu sei que fui a maior penalizada, a mais lesada. E talvez por ser íntegro é que é tão difícil para Ele me encarar.
Prefere ir , a encarar seus próprios fantasmas.
Tenho certeza que já se encontrou com eles. Mas como sempre não assume, prefere fugir deles ao enfrenta-los de verdade para se recriar, se livrar.
Não o culpo. Foi criado assim de forma irresponsável diante dos sentimentos dos outros.
Fraco, pela criação e pela doença.
E eu? assusta não sentir falta, assusta deixar de idealizar, assusta se dar conta de talvez ter também feito tudo com base na idealização e não no sujeito real.
Como amar um sujeito assim? Como amar alguém que te repele por vergonha de si mesmo.
Como amar alguém que não quer e não aceita ser admirado, nem pela aparência e nem pelo que provoca de bom no outro . Alguém que talvez preferisse ser rechaçado por mim a ter a minha compreensão.
Lidar com esse meu comportamento deve ser muito difícil.
Essa pessoa que consegue em partes esquecer que foi esquecida ,ou lesada . Em partes. Tenho consciência.
Mas como entrar na cabeça do outro? Começo a achar que esse caso, esse papo já tá qualquer coisa.
Se não cuidou em três anos, não será em uma semana que aprenderá.
Eu penso e repenso. Ligo ou não? Talvez eu tenha quase a certeza que para o outro será melhor abrir mão do que lutar e transformar a visão que criou de si para todo mundo.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Papo qualquer coisa ...
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