"Hoje é domingo pé de cachimbo..." Já faz tempo que a brincadeira de criança não é dita. E de repente você descobre que a tal maturidade chegou, que você já faz parte do grupo que não sairá vivo dos "enta". Graças damos, por ter chegado a eles e não ter sucumbido a qualquer drama e tudo mais que envolve a vida.
Damos graças por estar com saúde, por ter planos, por ter família e amigos,filhos ou não, sobrinhos, irmãos , pais e parceiros.
Tudo que realmente importa na vida, as coisas que escolhemos dar prioridade. E principalmente ter alegria de viver.
A maturidade nos traz certa paz, de que vale a pena estar vivo e gostar da vida. Todavia isso só acontece para quem tem conhecimento de si mesmo. Esse conhecimento mesmo que principiante nos dá a segurança em relação a nós mesmos e aos outros e mesmo quando nos envolvemos com quem não se encontra no mesmo estágio, conseguimos ver como é bom amadurecer. Envelhecer é outro papo.
Todavia as vezes que topamos com pessoas da nossa idade ,que não encontram essa mesma paz ,de dentro do ser ,ficamos um pouco constrangidos.
Isso porque, tal paz depende sempre de nossa disposição para procura-la. E saber que ela vem de dentro para fora, é o que nos ajuda.
Quando eu tinha 20 anos, 25, 30, me debulhava em lágrimas tentando entender os porquês da existência, da divisão social, de tudo. Hoje querer saber isso em nada vai mudar o que sinto e o que acho que tenho que fazer.
Nunca saberemos mesmo, então o melhor é fazer o que acho que devo.
Ser feliz em estar em paz comigo mesmo e o mundo ,já é a energia que preciso. Ter responsabilidade comigo mesmo e onde atuo já me ajuda a ser. E assim vamos vivendo.
Mas sei que antes não era assim.
Muita leitura me ajudou, mesmo sem saber o que eu estava lendo ,eu lia.
Muito ensinamento dos gurus, muita busca pessoal e curiosidade.
Tudo isso me ajudou. Lógico que tenho dúvidas, tenho insegurança, as vezes não sei o que fazer ou como. Mas isso é o que é a vida. Se comprassemos a solução no mercado seria chato.
Mas só a maturidade faz sentir assim.
E com isso não tem solidão. Estando em paz consigo mesmo não existe solidão. Podemos ter tesão, vontade de abraçar o outro e se misturar a ele corporalmente, mas não necessita-lo espiritualmente, porque como diz Manuel Bandeira os corpos se entenden as almas não. As almas foram feitas plenas ,por isso qualquer outra alma é parceria e não necessidade de fundir.
Almas parceiras podem ficar juntas toda vida. Mas elas são plenas também sós.
Sem relação de dependência, sem relação de opressão ou qualquer outra que não seja a parceria voluntária.
Mas entender isso custa, ainda mais em certos tipos de sociedade.
Mas seguimos tentando, driblando na vida para alcançar a verdadeiro paz, o estado de graça verdadeiro.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
domingo, 5 de novembro de 2017
Paz de espírito e relação.
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