sexta-feira, 2 de março de 2018

Aceite e tempo ...







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Dificuldade de aceitar as coisas como elas são e criar fantasias para si mesmo são as ações de que  fora acusada.
Ela que achava que estava indo bem no seu processo de recuperação, que tinha resistido a procurar a pessoa que amava, que tinha  segurado todas as emoções dentro do limite do tolerável  e se depara agora com essa afirmativa.
Faz uma anamnese em seus últimos processos semelhantes. Vê que foi tudo igual.  Sempre demorado, mas não menos eficaz  no resultado do esquecimento.
Para ela se se impuser de novo aceitar, aceitar, aceitar, tudo volta a tona.  Se ir vivendo como faz, sem essa preocupação a coisa flui. E naturalmente passa.
Mas por que o terapeuta insiste nisso?
Porque vê  ela alimentando esperanças vazias com base em si mesma.  Porque olha nos olhos dela e vê que sente falta dele. 
Porque vê que ela fez seu dever de casa e ao se distanciar conseguiu enxergar seus próprios pontos errados e seu descontentamento presente em todas as outras relações inclusive nesta. 
Porque teme que em alguma  hora ela vai acabar perguntando ao cara se não teria outra forma de se verem e ela vai sofrer porque ele vai dizer que não.
Talvez seja assim tão simples determinar o que ela vai fazer e o que o outro vai fazer? 
Talvez não se esteja considerando o medo de se expor, o medo de receber o não que querendo ou não,  vai certamente mediar tudo isso.
Ela não pensa em fazer isso, não enquanto sentir que ele não está bem, e talvez isso dure toda a vida. Aí realmente não há que se fazer. O tempo, senhor de todas as coisas dirá, somente ele, sem preocupação.   

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