Cada vez que chegava e dava de frente com aquilo que não conseguia resolver ela se desesperava.
Como podia sair assim do eixo? Como deixava que uma situação a desequilibrasse tanto. Chorou como jamais tinha feito, um choro tão doído que não lhe cabia. Achou que fosse morrer com tudo aquilo. Parecia que tinha vindo para que fosse espezinhada, cobrada, oprimida com toda aquela coisa.
Gritou e sua voz não vinha como num pesadelo.
O que fez para receber isso? Como pode deixar isso acontecer? Quisera apenas ajudar alguém e estava agora sofrendo isso tudo por causa dessa mesma pessoa, que fez o que já tinha querido, se mandou e a deixou com a bola quente na mão e agora é muito quente e vai queimando tudo.
Caralho, não foi ela quem inventou a história, por que tem que passar por isso agora?
O pensamento é confuso. Está sozinha para decidir e para sofrer. Já não bastava tudo que tinha perdido todo dinheiro empregado, todo afeto colocado ali, todo empenho.
Não, não era certo. Anos de trabalho gastos num sopro.
A culpa que o outro tinha e que não tinha, que nem olhar olhava, a doença que cegava a todos.
Como pude, como pode?
Perdão, preciso me perdoar e liberar o outro.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quinta-feira, 15 de março de 2018
Desculpa ,mil vezes desculpa
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