O quadro aí é do Gerard ter Borch (1617-1681), certamente não demonstra uma imagem usual da época, já que grande parte da população era analfabeta ainda mais em se tratando de mulheres. Mas num exercício habitual digamos que ela está a escrever cartas e não para um blog de internet.
Mas já estamos no século XXI
e talvez também não tenhamos tantas mulheres assim escrevendo. Aumentamos
muito em número mas ainda sofremos com outras questões no tange a nossa
expressão.
Já temos muitas romancistas,
poetas, historiadoras etc, mas ...carecemos de nos falar, falar para nós mesmas
e falar para outras e outros.
Tem escritoras que quando
chegam a um patamar conseguindo um público interessante são logo taxadas
de autoajuda e não há nada pior para um escritor que isso.
A academia é cruel, sabemos
seu machismo e seu conservadorismo que, na prática hoje, nada importa para a
indústria cultural, editoras que querem vender e tirar seu lucro, porque o
autor mesmo, ganha muito pouco.
Enfim, vamos falar um pouco
mais sobre nós. Se temos espaço eu não sei, sei que o passeio por esse
blog vem aumentando . Labiríntico ou não, com flores no jardim ou não,
ele vai indo. Se quem ler ajudar compartilhando e indicando, vai mais rápido e
podemos abrir para falarem outras e outros também.
Por isso hoje eu afirmo, se a Marta
pode todo domingo, eu também posso e todos podem, é só querer e se
aventurar.
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