As vezes, quando não planejamos encontrar ou que torcemos para não faze-lo é aí que a energia se encaminha e nos deparamos com o fato.
Pode ser uma barra, constrangedor, arrebatador, sem graça, doloroso. Tem milhões de adjetivos para todos os lados. Mas de boa , Carmosina até gostou de tão inusitado que foi , passou o tempo depois rindo do momento.
Para ela foi assim, para o par ela não sabe. Não olhou ele nos olhos nenhuma vez. Por isso nem sabe se ele a viu de verdade.
Olhou de soslaio o contexto daquele ser sentado ao seu lado por uma ironia do destino.
Esse mesmo destino que o fez depois perguntar se ela havia trazido o que ele mesmo não sabia o que era.
Carmosina questinou-se. Por que?
Ela repassa a história de vida pregressa,tenta dar sentido e significados e percebe que havia mais doença do que supunha a vã filosofia. E ela cega de amor não conseguia ver.
Ela tem dúvida de como agir, por isso melhor ficar quieta.
Questiona se o que sente é apego. Ou falta de saco de ir a luta. Preguiça mesmo. Acha que ficará o resto da vida sozinha. Porque não acha isso tão mal assim.
Gosta da própria companhia e não vê com muito entusiasmo e disposição ir para pista,começar tudo de novo, ir buscar. Não fora antes, agora então.
Ela pensa se deve procura-lo ,mas para que? Se ele se encontra na mesma situação certamente terá os mesmos problemas e então será ainda mais desgastante.
Talvez ele pense assim. Se nada tenho a oferecer para que buscá-la. Bem provável esse pensamento dentro do núcleo em que se encontra.
Como nada tem dele, ela nada tem a perder. Poderia procurar- dizer que o ama, Que quer dar uma nova chance ao amor. Mas tem quase certeza que ele em sua condição sociocultural não aceitará.
Por mais que queira ve-la pedir, e queira exercer o seu poder, já que ele mesmo fez isso mais de uma vez. Ele esbarraria na sensação de provedor, na competição que tem com a mulher.
É assim , ante outras elucubrações eles vão vivendo separados e se esquecendo mutuamente.
Mas como ? Se o amor como não é preciso. Quanto menos precisar mais incondicional é esse amor. Amo porque amo. Não amo porque preciso, porque ele mesmo não tem precisão, não porque tenho interesse, não porque quero trocar.
Diferente dos outros amo porque admiro,porque sinto bem ao lado. Porque sua presença faz eu me sentir uma pessoa melhor.
Não sei explicar porque disso ocorrer. Nunca saberei. Sei sim que descobri isso. E acho bom. Daí não quero competir, não quero obrigar ,nem cobrar, quero apenas sublimar ,observar esse amor é sentir o bem que ele faz, cuidando dele. Porque um sentimento assim não ocorre todo dia.
Blog que traz um pouco de reflexão sobre o momento em que vivemos. Um pouco de riso, um pouco de dor, um pouco de expressão. Também tem alguns textos já publicados em outros lugares. Aproveite a leitura, deixe seu comentário e compartilhe.
quarta-feira, 28 de março de 2018
Ironia do destino
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário